Pesquisa realizada pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios) revelou que pelo menos 249 cidades brasileiras já possuem ativo o passaporte da vacina, ou seja, exigência de comprovante de vacinação para acesso a espaços e eventos coletivos. Em Mato Grosso do Sul, o assunto ainda rende discussão e na Capital, nesta segunda-feira (27), audiência pública que debateria o assunto foi encerrada por confusão gerada após fala do secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, que defende o passaporte.

O levantamento feito pela Confederação não revela os municípios que já aplicam a exigência em forma de lei. O total de 249 municípios brasileiros representa 10,1% das cidades do país.

“Em 10,1% dos municípios já foi editado decreto com a obrigatoriedade da vacinação para frequentar espaços coletivos públicos. Segundo 88,1%, ainda não foram editadas normas nesse sentido”, conclui a pesquisa. Confira aqui o levantamento na íntegra, feito entre 20 e 23 de setembro, que também apura dados como avanço da vacinação no Brasil. 

Como a entidade congrega mais de 5 mil municípios, o presidente, Paulo Ziulkoski, avalia que o número seja maior. A Região Norte é a que tem mais cidades que exigem passaporte de vacinação (20,7%). O Sudeste, a que tem menos (6,6%). A confederação não detalhou a proporção de municípios no Centro-Oeste.

Confusão na Câmara

Acabou em confusão a audiência pública para debater a exigência do Passaporte da Vacina. O clima tenso, que já vinha do início da sessão, virou tumulto após a fala do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, que chamou alguns manifestantes de “nazistas e fascistas”.

Logo após a fala de Geraldo, o cerimonial deu como encerrada a sessão por falta de segurança. “Nazistas e fascistas da atualidade não vão prosperar. Nós, o povo, haverá de pará-los e haverá de colocar vocês na lata de lixo da história”, disse o secretário se dirigindo à parte dos manifestantes que ocupava o plenário e que era contra o Passaporte.

A precisou intervir e conter alguns manifestantes que ameaçavam ir até Geraldo. Outros agentes da Guarda acompanharam o secretário até a saída do plenário.