Vergonha de quem mora na Pindaíba ficou para trás e hoje é motivo de orgulho no Silvia Regina

Moradores afirmam que a estrutura da rua melhorou com o passar dos anos

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Identificação do endereço na casa de uma das moradoras
Identificação do endereço na casa de uma das moradoras

Para alguns moradores do Silvia Regina, viver na rua Pindaíba já foi motivo de vergonha e gerou discussões até pela troca do nome da via. Com o passar dos anos, a fama de trazer ‘más energias’ ficou para trás e hoje a rua é até motivo de orgulho para quem viu tantas transformações no bairro de Campo Grande. 

Durante anos, a cabeleireira Maria Helena, de 63 anos, foi líder do bairro em um período que o asfalto não existia e o progresso não alcançava a Pindaíba, criando a lenda da rua que não prosperava. “Há quase 10 anos, os moradores chegavam em mim e queriam que o nome fosse mudado, falavam que Pindaíba atraía desgraça e miséria”, disse ela.

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Área com vegetação era uma chácara (Foto: Marcos Ermínio / Jornal Midiamax)

Com o tempo, a infraestrutura foi chegando à rua e a necessidade de mudar o nome foi caindo no esquecimento. “Ficaram as pessoas mais jovens, não falam mais disso. Agora a rua tem mercado, padaria, asfalto e a região conta com um posto de saúde, deixou de ser uma miséria”, detalhou.

Nascido e criado no bairro, Pedro Honorato, de 40 anos, ouvia dos moradores mais antigos as reclamações sobre o nome. “Aqui era Bosque da Saudade e depois virou Silvia Regina. Eu era criança e ouvia os mais velhos falando que era um nome pobre e, por isso, ninguém da rua saía do lugar, sempre tinha alguém querendo mudar”, explicou.

Conhecendo a história da rua e vivenciando boa parte da sua existência, o nome da via nunca foi um problema para Pedro, pois refletia a realidade da região. “A rua era de terra e acabava em uma chácara, lá era um brejo e tinha um córrego que cortava a propriedade. Hoje não vejo necessidade de mudar, pra quem é de MS, pindaíba é uma baixada e de fato era isso antes”, explicou.

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Mercado na rua Pindaíba (Foto: Marcos Ermínio / Jornal Midiamax)

Recém-chegada

Vivendo há apenas 5 meses no bairro, a comerciante Regiane Andrade Sanches, de 40 anos, já ouviu a clássica história da rua e o comentário frequente dos vizinhos. “Tem um senhor que sempre comenta que queria mudar o nome da rua, ele fala que esse nome gera atraso, que anda pra trás e que não deixa fluir. É um dos moradores mais antigos da rua”.

Mas para ela, a Pindaíba não tem sido problema, até porque o restaurante que ela possui tem tido bons resultados. “Nós achamos essa história engraçada, mas pra gente não faz diferença. Todo dia tem bastante gente no mercado e isso traz clientes pra gente”, finalizou.  

 

 

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