Pandemia agrava crise e Campo Grande tem 59% das famílias endividadas

Após três quedas consecutivas, o índice de famílias endividadas em Campo Grande sobe, em relação ao mês de fevereiro. O número de campo-grandenses endividados é de 59,3%, conforme o levantamento da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Conforme a pesquisa, contra […]

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Após três quedas consecutivas, o índice de famílias endividadas em Campo Grande sobe, em relação ao mês de fevereiro. O número de campo-grandenses endividados é de 59,3%, conforme o levantamento da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Conforme a pesquisa, contra 57,8%, no mês de janeiro, os endividados com contas em atraso correspondem a 32,7% dos moradores da Capital e os que não terão condições de pagar as dívidas somam 11,7%.

O cartão de crédito ainda é o grande ‘vilão’ dos credores, se mantém no topo entre os principais meios de endividamento, citado por 68,3% dos entrevistados, seguido pelos carnês (27,3%), financiamento de casa (11,5%), financiamento de carro (11,4%) e crédito pessoal (5%).

“O que podemos perceber é que em relação ao nível de endividamento, a maioria (25,2%) diz estar pouco endividada, seguido pelos que afirmam estar mais ou menos endividados (19,6%), o que reflete os cuidados do consumidor com o comprometimento financeiro, apesar do endividamento. Percebemos também uma redução muito significativa do uso do cheque especial e do crédito consignado, o que também demonstra esse cuidado no controle das finanças, o que é positivo”, disse a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Daniela Dias.

O que pode ter favorecido o endividamento são os parcelamentos das compras de fim de ano, pois, em média, 47,9% dos credores têm dívidas com mais de 90 dias em atraso. Outro dado preocupante, é que 51% deles está com parte da renda, de 11% a 50% do rendimento, comprometido e destinado a pagar os atrasos de dívidas mensais, como cheque pré-datado, cartões de crédito, fiados, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestação de carro e seguro.

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