A reeducação, segundo informações da (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) acontece em diversas frentes de trabalho, que possibilitam aos custodiados que estão aprendendo a fabricar de pães a tijolos.

“Me aperfeiçoei bastante neste trabalho, sei fazer todos os tipos de pães e isso, com certeza, vai me ajudar a ter um trabalho lá fora”, afirma o reeducando Fabiano Antônio, que também recebe 3/4 do salário mínimo pelo trabalho.

Além de Fabiano, a panificação no presídio representa capacitação profissional, trabalho remunerado e ocupação produtiva para outros nove reeducandos que atuam na oficina. A produção funciona diariamente durante 16 horas, com detentos trabalhando divididos em dois grupos que se revezam.

Na padaria são feitos, em média, 6 mil pães diariamente que, além da própria massa carcerária, reforçam também a alimentação do da Vida, da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas do município, os dois estabelecimentos penais de regime semiaberto e o Patronato Penitenciário da cidade, bem como, realizadas doações a instituições sociais.

Já na fábrica de tijolos, são confeccionadas 100 peças ao dia. A meta agora da direção da penitenciária é que a produção atenda a construção de uma nova sala para o arquivo e almoxarifado do presídio, gerando economia aos cofres públicos.

 A oficina foi montada a partir de projeto da Agepen, por meio do PROCAP (Programa de Capacitação Profissional e Implementação de Oficinas Permanentes) e do (Departamento Penitenciário Nacional).

A horticultura e a jardinagem também representam oportunidade de trabalho e capacitação profissional. Atualmente, 25 internos atuam diariamente no cultivo de alface, salsa, rúcula, couve, coentro, cebolinha, cenoura, rabanete, repolho e beterraba, e outros dois cuidam das plantas do jardim que harmonizam o pátio interno da entrada da penitenciária.

As verduras e legumes cultivados na horta têm beneficiado mais de 450 crianças e idosos atendidos em instituições sociais e filantrópicas do município. Além da doação, a produção também atende toda a demanda interna e tem garantido uma alimentação saudável aos apenados.

De acordo com o diretor da Penitenciária de Dourados, Antônio José dos Santos, ao todo, 474 internos trabalham diariamente, em setores que envolvem também a cozinha, instalada por meio de convênio com empresa terceirizada responsável pelo fornecimento da alimentação; barbearia; serviços de manutenção do prédio, reciclagem, entre outros.