Depois de mobilizar policiais e autoridades paraguaias durante alguns dias, Lino Veja Valenzuela recebeu alta do Hospital Regional de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, onde estava internado para tratar de Covid-19 e outros problemas graves de saúde.

Lino foi internado no dia 26 de junho e no dia 10 de agosto, uma informação dava conta de que se tratava do guerrilheiro Alejandro Ramos Morel, líder do autodenominado EML (Exército do Marechal Lopes). Começou, então, um grande esquema para confirmar a verdadeira identidade do paciente, já ele tinha dado entrada na unidade hospitalar com um documento preenchido a mão.  

Exames datiloscópicos e de DNA deram negativo e Lino pode finalmente terminar o tratamento sem o aparato policial montado para evitar a fuga ou resgate do possível guerrilheiro.

Curado da Covid-19, mas com as sequelas de uma doença de pele que consumiu parte do nariz e do rosto, Lino voltou para casa nesta quinta-feira na cidade de Zanja Pytã, município ao lado do distrito de Sanga Puitã, em Ponta Porã, com uma escolta da Polícia Nacional.

A Justiça paraguaia abriu um processo para investigar o motivo pelo qual Lino nunca regularizou sua situação como cidadão, ou seja, nunca teve cédula de identidade e outros documentos exigidos naquele país. Ele será ouvido em breve pelas autoridades.