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Cotidiano

Onça resgatada com queimaduras é devolvida ao seu habitat natural no Pantanal

A onça macho resgatada em novembro do ano passada e levada ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) foi devolvida a seu habitat natural na tarde desta quinta-feira (21) na Serra do Amolar Recuperada, com 87 quilos, e monitorada, a onça foi deixada na mesma região em que foi encontrada. Com um colar de […]
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A onça macho resgatada em novembro do ano passada e levada ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) foi devolvida a seu habitat natural na tarde desta quinta-feira (21) na Serra do Amolar

Onça resgatada com queimaduras é devolvida ao seu habitat natural no Pantanal
Divulgação

Recuperada, com 87 quilos, e monitorada, a onça foi deixada na mesma região em que foi encontrada. Com um colar de monitoramento o animal será acompanhando em sia reintegração à natureza.

A coleira contém uma bateria e um chip que a cada hora emite um sinal, capturado pelo satélite e retransmitido ao software de monitoramento.  A onça, com aproximadamente dois anos de idade, chegou ao CRAS no dia 4 de novembro, após ter sido resgatada por equipes de organizações não governamentais que atuam no Pantanal.  O grupo teve que aguardar a onça acordar, foi 1 hora e meia de espera.

De volta à natureza

O transporte foi realizado com a aeronave Gran Caravan da FAB (Força Aérea Brasileira) até a Serra do Amolar. O voo teve 1h30 de duração e o animal chegou ao seu destino às 13h. A onça chegou dormindo e foi colocada em trator dentro da jaula. Em um percurso de 15 minutos seguiu para embarcação para ser solta.

Seguindo a estratégia de realizar todo o percurso de forma segura e ágil, a embarcação levou 10 minutos até a área de soltura. Desceram no local planejado. Todo o procedimento teve a participação de 15 pessoas de apoio.

Após chegar na área, o grupo teve que aguardar a onça acordar; foi 1 hora e meia de espera, até que ela estava apta a voltar ao habitat e os profissionais abriram a jaula. Ela seguiu a passos lentos pela mata na Serra do Amolar.

Segundo a conselheira do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária), Gisele Bandeira, a proposta de deixar a onça no mesmo local onde foi resgatada é importante para seu restabelecimento. “A informação que recebemos é que o processo de soltura é mais estressante ao animal do que a captura, já que antes ela estava debilitada, pedindo ajuda. Agora ela volta para seu habitat depois de dois meses, por isso existe um estresse, quanto mais longe de casa ela fica, pior para o retorno”.

Para o médico veterinário do CRAS e responsável pelo tratamento e soltura do felino, Lucas Cazati, a foi tranquila e sem contratempo. “A espera para soltá-la é porque exige cautela e paciência, foram tanto tempo para recuperação que agora é alegria e festa. O animal volta para o seu bioma e nós vamos refletir o que aprendemos com ele. O monitoramento é para conhecermos a geolocalização, onde dorme, abate e perímetro que demarcou, e também quando encontrar uma parceira. Dados para conhecimento científico. Este momento é de alívio, satisfação e missão cumprida”.

Segundo o presidente do Instituto Homem Pantaneiro, coronel Angelo Rabelo, o momento é de reflexão sobre todas as etapas de apoio à fauna afetada. “Esta soltura é importante porque é uma espécie ameaçada, além de estar no topo da cadeia, sendo importante para a biodiversidade da Serra do Amolar. Conseguimos por meio de doação a compra do colar no valor de 1,3 mil dólares, importado dos Estados Unidos, que vai fazer o monitoramento da onça”.

Responsável pelo monitoramento do animal, o médico veterinário Diego Viana, do Instituto Homem Pantaneiro, fala como o acompanhamento acontecerá. “O colar na onça vai fazer o monitoramento via GPS e ainda emitir sinal VHF. Serão 24 informações diárias. O sinal dará a informação sobre a distância e o GPS o percurso dela no dia. Iremos compartilhar estas informações com o Imasul e CRAS”.

Antes da chegada houve uma reunião entre a equipe envolvida para alinhar os planos para soltura, tendo dois cenários.  O avião desceu na Serra do Amolar, na unidade de conservação Acorizal, que é uma RPPN. Já esperavam no local representantes da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Homem Pantaneiro,  CRMV,  PMA (Polícia Militar Ambiental).

A onça sobrevivente permaneceu por dois meses e meio no CRAS e passou por quatro baterias de exames “que demonstraram gradualmente a melhora do animal”. Nesse trabalho os técnicos do CRAS contaram com apoio de instituições como a UFMS (Universidade Federal de ) e organizações não governamentais. As queimaduras nas patas foram tratadas com aplicação de ozônio e a cicatrização foi completa.

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