Na pandemia em MS, até empresas privadas mantêm 100% dos funcionários em home office
MS chegou ao momento mais crítico da pandemia, quando algumas empresas adotaram o home office e têm quase 100% dos funcionários em casa.
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Mato Grosso do Sul chegou ao momento mais crítico da pandemia e já vive um colapso na saúde, quando a recomendação dos especialistas é de que as pessoas evitem ao máximo sair de casa. Ficar em casa não é uma possibilidade para todas profissões, mas algumas empresas que puderam, adotaram o home office como uma medida contra o coronavírus. Em alguns locais, quase 100% dos funcionários já trabalham de casa.
As empresas do setor de comunicações são exemplo de quem conseguiu aderir ao home office em MS. O presidente do Sinttel-MS (Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações de Mato Grosso do Sul) Rafael Gonzalez explica que as empresas começaram a adotar o teletrabalho desde o ano passado, no início da pandemia. Com um notebook e um celular em casa, os trabalhadores do telemarketing conseguem atender aos clientes sem dificuldades.
Vale lembrar que logo no início da pandemia o setor passou por dificuldades, quando empresas chegaram a ser fechadas por conta de aglomerações nos call centers. Gonzalez explica que os funcionários já estão adaptados e até preferem o home office, pois assim conseguem se manter em segurança na pandemia. “80% das pessoas estão em home office. Temos empresas que 100% dos funcionários estão de home office”, conta.
Uma atendente de telemarketing, que preferiu não se identificar, conta que conseguiu se adaptar ao home office e que se sente mais segura por trabalhar de casa. Ela diz que teve que adequar um espaço em casa para se dedicar ao trabalho, mas que a rotina tem dado certo. “No começo foi complicado adaptar, principalmente quem tem criança em casa. Mas fomos lidando, com certeza me sinto mais segura em home office”, explica.
A Digix, empresa que atua com desenvolvimento de softwares em MS, também aderiu ao home office como uma maneira de oferecer segurança aos funcionários durante a pandemia de Covid-19. Com o surgimento dos primeiros casos de coronavírus em Mato Grosso do Sul, a empresa já aderiu ao teletrabalho e os funcionários já trabalham de casa há um ano.
“Deu muito certo. Somos uma empresa de TI, então [home office] já é comum. Tínhamos um receio de como iria funcionar, mas a gente percebeu que é possível, conseguimos fazer o nosso trabalho e ainda manter as pessoas seguras”, conta a gerente de pessoas da Digix, Tathyanne Souza.
Tathyanne explica que a empresa foi rápida ao definir o teletrabalho para os funcionários logo no início da pandemia e que o fluxo de trabalho foi mantido. “Começou a partir do momento que começaram a surgir casos no estado, há um ano, quando decidimos colocar pessoas no home office. Avaliamos a alternativa e em dois dias começou”.
Os colaboradores já utilizavam notebook no trabalho então não houve dificuldade na adaptação para o home office. A gerente de pessoas explica que a maioria das pessoas tinha notebook, mas a empresa forneceu monitor ou qualquer outro equipamento que fosse necessário para montar um escritório em casa.
Já no setor de telecomunicações, quase todos os atendentes atuam em home office. O presidente do sindicato explica que são poucas as funções que realmente requerem um trabalho presencial, como o conserto de internet, por exemplo. Gonzalez explica que o teletrabalho é importante para manter os funcionários em segurança, mas para evitar o avanço do coronavírus, é preciso a conscientização de todos. “Todos precisam se conscientizar, seguir as recomendações, evitar sair de casa e higienizar as mãos”, diz.
Recomendação é ficar em casa
A pandemia de coronavírus chegou ao seu pior momento em Mato Grosso do Sul e é preciso ‘apertar os cintos’ para evitar que a doença se espalhe cada vez mais. Os especialistas são taxativos ao dizer que é preciso ficar em casa, mais do que nunca. Para quem precisa trabalhar, algumas dicas podem ajudar.
O infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Julio Croda explica que as pessoas devem sair de casa apenas quando necessário, a dica agora é evitar saídas que poderiam ser evitadas. Ele ressalta que na Inglaterra a recomendação é de não se reunir com pessoas que vivem em casas diferentes, o que serve como uma sugestão também para Mato Grosso do Sul.
Para os trabalhadores que precisam bater ponto todos os dias, é possível se prevenir e evitar a infecção pelo coronavírus. A recomendação não mudou, é preciso seguir à risca a recomendação dos profissionais da saúde: usar a máscara corretamente, fazer a higiene das mãos e manter a distância sempre que possível.
Para quem utiliza o transporte coletivo, uma dica é utilizar máscaras do tipo PFF2, se possível. “Quanto maior a qualidade da máscara, melhor. A PFF2 seria ideal, é de melhor qualidade. Se não for possível, existe uma tendência de usar duas máscaras, uma cirúrgica na primeira camada e na segunda uma máscara de pano. Assim, permite fechar melhor, fazer a vedação boca e nariz”, orienta Julio Croda.
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
Foragido por matar mulher há 22 anos no Nova Lima é preso em Campo Grande
Maria Cristina Flores Recalde foi assassinada com tiro na nuca em julho de 2002
Santa Casa de Campo Grande enfrenta superlotação crítica e riscos à assistência
Profissionais relatam desafios enfrentados no cotidiano diante da superlotação, como jornadas extenuantes e aumento dos riscos para pacientes
Câmara aprova projeto que restringe uso de celular em escolas
Projeto prevê a medida para escolas públicas e privadas
Acostamento de vias na elaboração e na contratação de projetos de engenharia é tema de debate na Alems
Deputado Caravina prevê que “a implantação de acostamentos nas rodovias estaduais, sem dúvida, diminuirá consideravelmente os riscos de acidentes”
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.