Após várias denúncias de que um BTCC Conexão Cliente, na rua Maracaju, em , não estaria respeitando o decreto publicado nesta quinta-feira (19) pela Prefeitura onde determina que não pode aglomeração de mais de 20 pessoas em um ambiente fechado, nesta sexta-feira (20) a empresa acabou fechada por tempo indeterminado.

Equipes da guarda municipal, junto da Semadur (Secretaria Municipal de e Desenvolvimento Urbano) e Vigilância Sanitária foram até a empresa de call center, e os funcionários foram orientados a deixarem o local. A outra unidade na rua Tapajós também foi fechada. Segundo o secretário da Semadur, Luís Eduardo Costa, a intervenção foi feita porque a empresa não respeitou o decreto, e caso outros estabelecimentos venham a descumprir a medida podem ter o alvará cassado. Todas as denúncias de descumprimento do decreto devem ser feitas a Vigilância Sanitária.

A empresa não chegou a ser lacrada e se o call center apresentar um plano de trabalho que respeite o decreto municipal, poderá voltar a operar normalmente. “A natureza da atividade dessa empresa é que trabalham em ambientes confinados. Empresas devem se adequar à necessidade [de prevenção ao coronavírus] neste momento”, disse José Carlos, fiscal da Vigilância Sanitária.

O titular da Semadur, explica que não há prazo para que o call center volte a funcionar. “Eles vão precisar fazer limpeza, arrumação, para desinterditar, vão ter que se reorganizar. Não há prazo, se eles se readequarem já podem voltar a trabalhar”, explica.

Pelo decreto n.º. 14.199, o funcionamento de call centers e similares deverá ser feito com no máximo 20 operadores trabalhando simultaneamente. Também foi determinada que seja mantida distância mínima de dois metros um do outro. A medida é assinada pelo prefeito (PSD) e acrescenta o inciso VIII ao artigo 20 do decreto de situação de emergência, que recomendou o fechamento de shoppings centers e limitou a lotação em bares e restaurantes.

Nesta quinta (19), a foto de um atestado e boatos de que dois colegas estariam afastados por suspeita de coronavírus, deixou os trabalhadores apreensivos. O documento pede a licença por 14 dias das atividades laborais por conta de uma pneumonia viral não especificada (CID10 – J12.9).

Segundo os trabalhadores, foram retirados do ambiente laboral apenas grávidas, mas o restante dos funcionários continua na rotina normal de trabalho. “Somos divididos em 4 turnos, são muitas pessoas aglomeradas ao mesmo tempo. O lugar não tem ventilação, não temos equipamentos de proteção, não tem álcool em gel. São 200, 300 pessoas circulando ali o dia todo”, declarou um dos trabalhadores.