Após dar à luz a trigêmeos prematuros, no último domingo (31), uma mãe residente em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Ponta Porã, no Paraguai, perdeu dois dos bebês. Segundo a família, as mortes aconteceram por falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Os pais, por meio de tutela constitucional apresentada ao juiz da Infância e Adolescência, Elvio Derlis Insfran, chegaram a acionar o Ministério da Saúde para que os recém-nascidos fossem transferidos para um hospital particular com terapia neonatal e, enquanto tramitava o recurso, dois dos trigêmeos não resistiram e morreram.
Mesmo com a decisão judicial, que garantia atendimento e cobertura de despesas até em hospitais privados, entretanto, segundo um médico do Hospital Regional de Pedro Juan Caballero, não foi encontrado nenhum lugar para atendimento das recém-nascidas.
Somente após as mortes dos bebês é que acabaram conseguindo uma vaga de terapia neonatal no Hospital San Pablo, onde o terceiro recém-nascido está internado.
Segundo informações até agora apuradas, um dos fatores que agravou o quadro dos bebes prematuros, pode ter sido o fato de que a mãe não fez o controle pré-natal correspondente e chegou ao hospital com dilatação total, praticamente no final do trabalho de parto, apesar da idade gestacional muito curta.
Ainda segundo declarações atribuída ao médico e que foram publicadas pelo Última Hora, “ mãe nem sabia que estava grávida de trigêmeos, estava convencida de que tinha apenas um feto no útero”.
