MS tem 21 pacientes intubados de forma improvisada no HRMS e 7 nas UPAs, diz SES
Prestes a entrar em um colapso total da saúde em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, informou que o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) – referência do SUS para tratamento da covid – tem 21 pacientes intubados de forma improvisada na ala vermelha, sendo que eles precisariam […]
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Prestes a entrar em um colapso total da saúde em Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, informou que o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) – referência do SUS para tratamento da covid – tem 21 pacientes intubados de forma improvisada na ala vermelha, sendo que eles precisariam estar em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), que já estão lotadas.
Além disso, a situação em Campo Grande é crítica. “Informações nos chegam que temos nas UPAS [Unidades de Pronto Atendimento] 7 pacientes intubados e mais 10 recebendo oxigênio através de máscaras. Ainda não chegaram no estágio da intubação”, informou o secretário.
Na manhã desta quarta-feira (17), MS estava com taxa de ocupação de leitos UTI para covid em 96,2%, com apenas 18 vagas restantes. Resende acrescentou que, na terça-feira, foram abertos 10 novos leitos UTI ao hospital, mas que já estavam todos ocupados, além dos pacientes improvisados.
“Estamos prestes ao colapso. É a pior tragédia sanitária e hospitalar da história do Brasil”, declarou Geraldo Resende.
Mais leitos
Conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), 102 novos leitos estão em processo de ativação, sendo 58 leitos covid são para abertura imediata, que já estão sendo ativados. Desses, 54 foram ativados em Campo Grande nesta semana. Outros 43 são para abertura até a sexta-feira da semana que vem, dia 19.
A preocupação demonstrada pelos pesquisadores da Fiocruz é que as internações sobem de forma rápida. O boletim cita o caso de Araraquara, interior de São Paulo, onde em 5 dias, viu a taxa de ocupação subir de 56% para 84%.
Em MS, por exemplo, em uma semana, do dia 9 ao dia 16, foram 60 pessoas a mais internadas em UTIs. Somados aos leitos clínicos, são 168 pacientes a mais no sistema de saúde.
Documento assinado por pesquisadores da Fiocruz recomendam medidas mais rigorosas como o lockdown. “Não temos outro remédio para adotar nesse momento a não ser medidas de bloqueio e supressão onde a taxa está acima dos 80%. Araraquara é um exemplo, mas esperou chegar aos 100%, com fila de espera, o que pode resultar em um maior número de pessoas mortas. Campanhas precisam preparar a população que isso vai ser necessário de tempos em tempos”, diz Carlos Machado, da Fiocruz.
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