Pular para o conteúdo
Cotidiano

Mestrando indígena faz monitoramento de casos de Covid-19 em aldeias de MS

Um dos pontos do trabalho é registrar historicamente da situação dos povos indígenas
Arquivo -

O mestrando em Recursos Naturais (PGRN) da (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) tem monitorado o situação da entre os índios em MS. Gledson Martins, de 23 anos, da etnia Guarani-Nãndeva da aldeia Porto Lindo, de Japorã, é quem faz o levantamento. 

Segundo Gledson, até 15 de abril já eram mais de 5 mil indígenas infectados e 86 óbitos em aldeias de diversos municípios. O trabalho é desenvolvido por ele e pelos orientadores Doutor Sandro Marcio Lima e a pós-doutora Maryleide Ventura da Silva, com base nos dados divulgados pelo boletim da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena).

Conforme a pesquisa, a maioria dos 86 óbitos foram nos municípios de Dourados, , Miranda, Sidrolândia e Campo Grande com os maiores números de mortes. As etnias mais atingidas são os guaranis, kaiowás e terenas. 

“Nesse mês de abril é possível observar intervalos maiores [em dias] entre o registro de novos casos e óbitos sobre os indígenas. Apesar disso, todos os cuidados básicos ainda devem ser exercidos, pois existe grande possibilidade de haver explosão de novos casos. Ainda não foram imunizados 100% da população indígena no Estado. Nesse sentido, a proximidade de algumas aldeias indígenas de centros urbanos como o caso de Dourados é um dos fatores que mais agravam a situação dos povos indígenas”, ressaltou.

O mestrando cursou a graduação tecnológica em Gestão Ambiental, na UEMS de , e no início de 2019 iniciou o mestrado, o primeiro em sua família a cursar uma pós-graduação. Ele está inserido na linha de pesquisa: Materiais e Métodos Aplicados aos Recursos Naturais, entretanto houve mudanças na pesquisa e ele passou a modelar matematicamente os casos de Covid-19 sobre os povos indígenas do Estado.

“Especificamente para os povos indígenas, é um retorno significativo de minha parte à lutas que muitos indígenas, na maioria dos casos, ainda analfabetos, buscaram conquistar. Meu trabalho contribui inicialmente no registro histórico da situação diária que os povos indígenas enfrentam. Com o monitoramento ainda podemos estudar a propagação do vírus desde o início dos primeiros casos a fim de propor medidas de controle para os gestores locais, bem como as lideranças indígenas, líderes municipais, estaduais e federal”, destacou.

Ele será o primeiro mestre de sua família e já tem outros familiares cursando o ensino superior – duas no curso de da UEMS de Naviraí. “É uma experiência prazerosa e cansativa. A dedicação que faço é grande e creio que é válido. Pois como já comentei, são financiados pelo povo justamente para o desenvolvimento social do Brasil. Combater a desigualdade intelectual é meu objetivo, por isso também tenho meus grupos de estudos para apoiar vestibulandos. Essa é parte prazerosa. A parte cansativa é de conhecimento de todos, são os desafios físicos, mentais e até mesmo minha relação com os governantes que gerenciam a educação brasileira que desgastam meu psicológico”, finalizou Gledson.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Executado com 30 tiros no Paraguai estava foragido do Brasil

Polícia encontra fragmentos de ossos no endereço do ex-namorado da estudante desaparecida em SP

Receita Federal apreende 30 toneladas de ‘muamba’ avaliada em R$ 5 milhões na BR-262

Dólar avança com temor de ofensiva de Trump após ação de STF contra Bolsonaro

Notícias mais lidas agora

JBS poderá pagar multa sobre valor milionário se recusar conciliação com moradores

nelsinho governo lula

VÍDEO: ‘Lei de Reciprocidade só em último caso’, diz representante do Senado em negociação com Trump

bolsonaro

‘Não tenho menor dúvida que seja perseguição’: o que disse Bolsonaro após colocar tornozeleira

INSS: mais de meio milhão aderiram ao plano de ressarcimento do Governo Federal

Últimas Notícias

Trânsito

VÍDEO: Idosa foi atropelada ao tentar atravessar a avenida Duque de Caxias

Devido à gravidade dos ferimentos, a idosa estava inconsciente e apresentava sangramento pela boca

Polícia

Nove toneladas de maconha que saíram do MS são apreendidas no Paraná

O caminhão foi carregado de droga em Ponta Porã e tinha como destino a cidade de Chapecó, em Santa Catarina

Política

‘Minha total solidariedade’: Tereza Cristina lamenta medidas cautelares a Bolsonaro

Além de usar tornozeleira eletrônica, o ex-presidente ficará sem acesso às redes sociais, conforme determinação do STF

Trânsito

Idosa é socorrida em estado gravíssimo após ser atropelada na avenida Duque de Caxias

O acidente ocorreu no final da tarde desta sexta-feira