Além da dor em ter um familiar internado em estado grave por conta do coronavírus, famílias de pacientes do HRMS ( Regional de Mato Grosso do Sul) se viram em apuros após receber a receita de um medicamento em falta no hospital. Em um dos casos relatados, os familiares começaram a pedir doações depois de pesquisarem que o preço corresponderia a R$ 7,8 mil. 

O medicamento em questão é a Polimixina B, um antibiótico para tratamento de infecções por bactérias multi resistentes. Na receita assinada pela médica Patricia Rubini, que já foi diretora técnica do hospital, o pedido é de 30 frascos do medicamento. 

O paciente está intubado e a família começou a se mobilizar para comprar o medicamento. “Hoje estivemos no hospital e ele está precisando de um medicamento com urgência que não tem em Campo Grande. Conseguimos achar fora daqui, custa R$ 7.800 as 30 ampolas e estamos precisando de ajuda para compra imediata”, disse um familiar. 

Em nota, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) destaca que está dando o suporte necessário para os pacientes internados em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A secretariar explica que o medicamento está em falta em todo o país, por conta da falta de importação da matéria-prima. 

“Essa falta está ocorrendo no mundo todo, pois todos os lugares do mundo estão utilizando esse antibiótico. Para não parar o tratamento do paciente, o está utilizando outros antibióticos com mesmos efeitos no paciente. Os pacientes estão recebendo todos os medicamentos necessários”, informou. A SES orienta que os pacientes em dúvida devem procurar a ouvidoria do HRMS. 

O Hospital Regional reforça a resposta da SES e explica que usa esquemas alternativos de antibióticos, sob orientação da CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) do hospital.