A subsecretaria de Políticas de Públicas para a Mulher, em parceria com a Secretaria de Governo e Secretaria de Justiça Pública, definiu nesta terça-feira (9), a inclusão de novos dados no balanço do Mapa do de 2021. O levantamento irá incluir objetivos, análise de crime sexuais e como as vítimas foram assassinadas

Os indicadores devem auxiliar na análise dos casos de feminicídio no Estado, incluindo fatores como elementos usados no crime, por exemplo, por fogo, asfixia ou objetos cortantes; a objetificação do corpo feminino; etnias; análise de crimes sexuais, entre outras informações importantes.

“Vamos apresentar a análise dos 39 casos de feminicídio ocorridos em 2020, com evidências e com base em estatísticas reais, para então formularmos políticas públicas de às violentas de mulheres. Com esse incremento de informações, poderemos adotar medidas mais eficientes de combate e de prevenção”, ressalta a subsecretária, Luciana Azambuja.

O coordenador do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), Eduardo Carvalho de Almeida, explica que o detalhamento do crime pode ajudar a traçar um perfil do ocorrido. “Se pudermos especificar a parte do corpo atingida no crime, por exemplo, nos dará a ideia clara da objetificação do corpo feminino, importante informação para o mapa”.

As informações devem ser lançadas e publicadas no dia 1° de junho. Em 2020, Mato Grosso do Sul registrou em 2019 cerca de 30 casos de de mulheres, dos quais 25 ocorreram no interior e cinco em . 40% das vítimas foram mortas por homens que não aceitavam ser ex.

Além disso, 77% das mortes ocorreram em casa, locais onde, em tese, as mulheres deveriam estar seguras. Análise do Mapa mostra ainda que em 37% dos casos os agressores utilizaram arma branca, como faca, canivete ou machadinha, e que 56,66% das mulheres foram mortas por homens com quem conviviam e tinham relacionamento afetivo.