Problemas com concessionárias de serviços públicos ou operadoras de telefone atormentam a vida de muitos campo-grandenses. Seja para tentar cancelar um serviço, negociar uma dívida ou trocar um produto, as horas em filas e ligações — quando não caem ‘acidentalmente’ — já tiraram a paciência de muitos. Mas você sabe onde fica o seu direito nisso? Veja o que o Procon-MS diz sobre o assunto.

Em alguns casos, o serviço da concessionária é ‘tão eficiente’ que mesmo depois de entrar em acordo com o cliente para pagamento da dívida, o nome do consumidor é negativado. “Eu negociei a dívida com a Energisa e paguei a parcela, mas mesmo assim protestaram o meu nome em cartório”, disse o pedreiro Claudio Loiola, de 45 anos.

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Claudio Loiola (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

Indignado, o pedreiro recorreu ao órgão para buscar uma solução. “Os atendentes de telefone da Energisa são mal educados, são irônicos com você. Estou tentando pagar e não resolve. A gente se sente impotente, não tem quem pode com essa empresa. Não tem concorrência e fazem o que querem. É erro deles, eu espero que tirem o meu nome do Serasa, só quero pagar minha conta e ficar tranquilo”, desabafou.

A professora aposentada Maria Cristina, de 60 anos, é mais uma sul-mato-grossense que sofre com o aumento no preço do plano de telefone, sem ao menos solicitar a mudança. “Estou com problemas com a ‘Oi’, o boleto veio mais alto do que o combinado e a internet é lenta”.

Frustrada com a prestação de serviço, Maria buscou o Procon para encontrar uma saída para o impasse. “Vim no Procon para conseguir cancelar. Liguei para fazer um acordo com a ‘Oi’ e a ligação caiu.  Você pergunta, eles falam que não entendem e ficam passando de um pra outro, você se sente lesado”, disse ela.

A partir de quando posso procurar meus direitos como consumidor?  

Conforme o superintendente do Procon de Mato Grosso do Sul, Marcelo Salomão, o consumidor deve procurar os seus direitos a partir do momento que sentir a falta de transparência com qualquer tipo de informação, independente da relação de consumo. “O consumidor que se sentir inseguro com qualquer informação — seja de uma concessionária ou serviço público, ou relação de compra no comércio quer seja na aquisição de um produto ou serviço — dada pelo fornecedor, ou a falta de informação, ele já deve procurar o Procon, porque aqui ele vai ter acesso à informação correta”, explicou.

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Atendimento no Procon-MS (Foto: Leonardo de França / Jornal Midiamax)

No caso das ligações interrompidas por parte da empresa, aquelas que sempre ‘caem’ durante o pedido de cancelamento, a recomendação do superintendente é a mesma. “O consumidor tem o direito de vir ao Procon-MS reclamar. Isso [a ligação interrompida] pode acarretar uma multa para a empresa, mas é importante que ele venha aqui reclamar. Nós só vamos poder cobrar da empresa que ela responda rápido, se nós tivermos um fluxo de reclamações com um número boom, tentou cancelar uma linha telefônica e não conseguiu, venha aqui. Nós vamos abrir mais um cadastro contra essa empresa e ela vai sofrer uma punição”, detalhou.

No âmbito das reclamações contra a concessionária de energia, Salomão foi enfático. “A Energisa é um monopólio, e isso é um câncer para o país. Somos contra o monopólio. Todo setor que tem monopólio é um câncer. O consumidor não tem opção de contratar outra empresa de energia, mas tem que reclamar. Só assim a gente vai conseguir criar soluções para que essa empresa cumpra os serviços”, finalizou.

O consumidor que se sentir lesado pode procurar atendimento no Procon-MS pelo telefone 150, WhatsApp 99158-0088 ou pelo site: procon.ms.gov.br.