Nascido na Aldeia Jaguapiru, na Reserva Indígena Federal de Dourados, em Mato Grosso do Sul, o líder Lúcio Flores faleceu, na noite deste domingo (10). Ele era membro do Controle Social da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e trabalhava em Brasília (DF).

Lúcio era casado com uma indígena da etnia Bacairi, da Aldeia Pakuera no MT. Ele teve um papel destacado na elaboração e discussão da PNGATI (Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial em Terras Indígenas) e também participou da militou COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e em outras organizações indígenas.

O líder indígena era defensor da biodiversidade da floresta amazônica e tinha um conhecimento bastante aprofundado das plantas medicinais utilizadas pelas tribos da Amazônia e de outras etnias existentes no Brasil.

Nos últimos anos, segundo informações apuradas pela reportagem do Midiamax, Lúcio Flores participou de diversas discussões e grupos voltados para a elaboração de políticas relacionadas ao combate à biopirataria. Durante o tempo em que comandou a COIAB, fez diversas denúncias relatando o problema no Brasil.