O laudo sobre as causas do incêndio que destruiu uma tapeçaria, nessa terça-feira (23), em Campo Grande, deve ficar pronto em 10 dias, segundo o delegado Guilherme Rocha da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro. Foram mais de seis horas de combate as chamas.

Guilherme disse que o corpo de Lucas Correa Queiroz, de 21 anos, encontrado no mezanino do prédio passou por perícia preliminar ainda no local, sendo liberado. O prédio passa por perícia ainda nesta manhã de quarta-feira (24). O delegado não quis comentar sobre a possível ‘brincadeira' que acabou causando o incêndio com morte.

Segundo o delegado tudo será investigado e o laudo deve ficar pronto em 10 dias. De acordo com o major dos Bombeiros, a tapeçaria não tinha certificado de vistoria, por isso foi notificada e multada. Ainda segundo os Bombeiros, se o local tivesse o certificado, teria facilitado a saída de Lucas. A tapeçaria só tinha uma entrada e saída.

O prejuízo estimado da tapeçaria é de cerca de R$ 2 milhões. A multa aplicada é de 200 Uferms, o que equivale a R$ 8.512. Na manhã desta quarta (24), pessoas que passam pelo local do incêndio estão levando materiais que sobraram como tapetes e fios de cobre.

O incêndio

O fogo na tapeçaria teve início por volta das 16h10 dessa terça (23), próximo à antiga rodoviária, no Cruzamento da Rua Barão do Rio Branco com a Rua Alan Kardec, no Centro de Campo Grande. Foram utilizados mais de 60 mil litros de água para controlar as chamas. Após mais de 6 horas de trabalhos, os bombeiros encontraram o corpo de Lucas já sem vida.

O corpo de Lucas foi encontrado por volta das 23 horas em um mezanino da tapeçaria. O fogo só foi controlado por volta das 20 horas de terça (23).

‘Brincadeira' que terminou em morte

Informações da comunicação do indicam que uma brincadeira com tinta spray e um isqueiro deu início ao fogo. Lucas, então teria sido atingido pelo fogo e logo depois entrou para o interior do prédio com o corpo em chamas. Depois disto, ele não foi mais visto.

Amigos de Lucas relataram que ele foi até o andar superior, onde há um mezanino. A maior dificuldade dos bombeiros durante o incêndio era o acesso à parte térrea para o combate, devido à grande quantidade de materiais inflamáveis. Todo o material foi retirado com uma retroescavadeira. Por causa deste incêndio de grandes proporções, muitos bombeiros que estavam de folga, foram ao local para ajudar.