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Cotidiano

Auditoria: Interior ocupava 63% dos leitos da Capital quando Reinaldo restringiu comércio

Marquinhos acredita que pacientes agiram em ato de desespero por não encontrarem cidades equipadas
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A taxa de ocupação de leitos para pacientes com coronavírus em Campo Grande é de 52
A taxa de ocupação de leitos para pacientes com coronavírus em Campo Grande é de 52

Hospitais de Campo Grande estavam com até 63% de ocupação em leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para covid com pacientes oriundos do interior de no período em que o governo do Estado decretou restrições ao comércio da Capital e outras 42 cidades de MS. É o que aponta relatório de auditoria o qual a reportagem do Jornal Midiamax teve acesso.

Para o prefeito (PSD), com os hospitais públicos do interior sem estrutura, os pacientes agiram em ato de desespero procurando atendimento em Campo Grande. “Os familiares falavam que vieram do interior porque não tinha mais leitos lá. O interior não foi preparado adequadamente”, disse.

Conforme o relatório, no período de 5 a 11 de junho, a ocupação de pacientes do interior em Campo Grande chegou a 63% na Santa Casa. O levantamento indicou que nesse período, o hospital teve 214 diárias de pacientes vindos de outros municípios de MS e alguns até de outros estados como São Paulo, Rondônia e Rio de Janeiro.

Por exemplo, nesses 6 dias, foram utilizadas 20 diárias com pacientes de , 13 de Anastácio, 11 de e 10 de Aquidauana. Para se ter uma ideia, a microrregião de Aquidauana – a qual Anastácio e Miranda fazem parte – possui apenas 18 leitos UTI, sendo 8 deles para pacientes com covid. 

O relatório também aponta a procura por UTIs não covid também, que entre os dias 8 e 10 de junho – dia do decreto estadual – estava em 55,6% com pacientes do interior, ou seja, mais da metade das UTIs da Capital eram ocupadas por residentes em outros municípios.

Auditoria

O prefeito Marquinhos Trad confirmou que a auditoria foi feita após a mudança repentina na classificação do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) do governo do Estado, que colocou a Capital com risco extremo por alta taxa de ocupação de leitos, que serviu de base para decreto restritivo ao comércio.

“Quando teve esse problema do Prosseguir, da mudança repentina da bandeira vermelha para cinza em uma reunião extraordinária, mandamos fazer auditoria, principalmente na Santa Casa. Chegamos a esse relatório embasado que vou enviar ao Ministério Público [MPMS] e órgãos de controle”, declarou.


Prefeito Marquinhos Trad vai encaminhar relatório para MPMS – Foto: Leonardo de França / Midiamax

Conforme o prefeito, as autoridades competentes serão informadas da situação. “Vamos encaminhar a todas as autoridades para avaliação e ciência dos fatos, para que possam ter conhecimento do porquê do aumento da ocupação de leitos”, pontuou.

Questionado se as restrições poderiam ter o componente eleitoral, já que nas transmissões ao vivo para anúncio de boletins da covid, equipes da SES (Secretaria Estadual de Saúde), capitaneadas pelo PSDB, reiteraram que a piora da pandemia se dava principalmente pela falta de restrições da administração de Campo Grande, Marquinhos acredita que não é o caso. “De maneira alguma. Acredito que foi questão do interior não ter sido preparado adequadamente [para a pandemia] e estar mandando pacientes para a Capital”, ponderou.

Decreto

O período levantado pela auditoria em que mais de 60% de leitos UTI da Capital eram ocupados por pacientes do interior coincide com a semana em que foram realizadas reuniões extraordinárias no governo estadual para definir as restrições em Campo Grande.

Na medida, publicada no Diário Oficial de 10 de junho, o governo estadual fala em mudança de cárater excepcional. “ensejando a reclassificação de risco epidemiológico das macrorregiões e dos municípios por cores de bandeiras para 1 (um) nível de coloração acima do divulgado”.

Isso significa que Campo Grande estava com números condizentes com a bandeira vermelha, mas foi colocada em bandeira cinza para sofrer as restrições impostas pelo Estado, enquanto municípios que não possuem leitos ou possuem poucos leitos como o caso de Aquidauana, ficaram sem restrições mais severas.

Atualmente, dos 605 leitos UTI destinados para pacientes com covid, 326 estão em Campo Grande, que representa 54% do total.

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