Insistência para vacinar mesmo sem laudo gera fila e atrasos em Campo Grande
Mais de 2,5 mil moradores com doenças autoimunes ou crônicos foram vacinados no fim de semana nos pontos de vacinação contra a Covid-19, em Campo Grande. De acordo com os coordenadores, nesta segunda-feira (29), a insistência para vacinar mesmo sem laudo e autorização de médicos para pessoas que realizam tratamento, como de hemodiálise e oncológico, […]
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Mais de 2,5 mil moradores com doenças autoimunes ou crônicos foram vacinados no fim de semana nos pontos de vacinação contra a Covid-19, em Campo Grande. De acordo com os coordenadores, nesta segunda-feira (29), a insistência para vacinar mesmo sem laudo e autorização de médicos para pessoas que realizam tratamento, como de hemodiálise e oncológico, tem gerado fila e atrasos.
No Guanandizão, o Coordenador do polo, Marcos Rodrigues Marques, disse que 1,049 pessoas receberam a dose do imunizante. Ele explica que os horários que registram fila são os de picos, como das 7h30 às 9h. Três professores e interpretes de libra estão na unidade para ajudar pessoas com deficiência auditiva.
Keity Oliveira Silva, de 32 anos, foi até o local vacinar o irmão, Anderson da Costa Oliveira, de 36 anos, que possuí Síndrome de Down. “É um alívio ver ele se vacinando. Na próxima semana será a vez da minha mãe”, comemora.
Eugenia Aparecida Nunes, de 57 anos, levou o filho Rodolfo Rodrigues Nunes, de 34 anos, que é cadeirante e possui sequelas de um acidente de carro na rodovia. O rapaz voltava de Sidrolândia quando bateu em outro veículo, perdendo o filho de 8 anos.
“É um sentimento bom, porque ele tem vários problemas de audição causados pelo acidente. Assim ele fica mais protegido”, conta a mãe.
No sistema drive thru, no Parque Airton Senna, o coordenador Manoel Roberto dos Santos, ressalta que os pacientes podem procurar as unidades nos horários de menos movimento, o atendimento é rápido. Ele ressalta que mesmo anexando o laudo médico e autorização médica, os moradores com comorbidade devem apresentar a documentação na unidade. “Em alguns casos o paciente, como renais crônicos ou transplantados, não pode se vacinar, pois o médico deve avaliar o avanço do tratamento”, explica.
Jucimeire Batista dos Santos, de 55 anos, é aposentada e foi pela segunda vez tentar a vacinação. Quando criança, ela sofreu paralisia infantil na perna, e apenas com o laudo médico conseguiu se vacinar hoje. “Me sento mais protegida, não via a hora de vacinar. Perdi uma irmã no mês passado com 47 anos, ela tinha diabetes”, disse.
O comerciante Mario Massanite Harada, de 62 anos, comemorou a vez da fila Luciana Almeida Harada, de 35 anos, portadora de Síndrome de Down. “Muito feliz. Já peguei covid e queria que ela estivesse protegida”, finaliza.
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