Indígenas da etnia Kadiwéu de Mato Grosso do Sul participaram de cursos para uso e atividades com drones. A ferramenta tecnológica é uma aposta para segurança e proteção de terras indígenas do Pantanal.

As atividades foram feitas pelo programa “Bem Viver”, do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) em parceria com a Nature and Culture International, Wetlands International Brasil e Mupan (Mulheres em Ação no Pantanal).

Junto a índios de Roraima, no , as práticas foram ensinadas para somadas nos trabalhos das aldeias em mapeamento territorial e ambiental de conservação das áreas de natureza, estudos do clima e da qualidade da água, monitoramento de combate ao desmatamento e invasão de terras indígenas.

Com a destruição nas regiões pantaneiras causadas pelos incêndios, em 2020, a tecnologia pode ajudar a monitorar as áreas. Só o território Kadiwéu teve 247,3 mil hectares queimados, 45,9% área total, que possui 538 mil hectares.

“Com tem como fazer uma varredura das beiradas do Pantanal, aqui, e monitorar, ajudar ainda mais a equipe do no combate e prevenção de queimadas”, avalia a indígena Kadiwéu, Marilsa Pinto. Ano passado, sofremos muito com os incêndios, a nossa área é de morro. Com o drone a gente vai conseguir monitorar melhor esses limites para combater o fogo”, completa Baltazar Lourenço, integrante da Associação dos Brigadistas Indígenas da Nação Kadiwéu.

Apenas índios do Amazonas já finalizaram as aulas presenciais do curso, em MS, a prática está estimada para o mês de abril. Além dos indígenas, também participaram do curso membros da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UCDB  (Universidade Católica Dom Bosco) e Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).