‘Haters’ do Carnaval em MS não encontram aliados nas ruas e muita gente é a favor do evento em 2022

Várias prefeituras de MS apostam na festa como marco da retomada econômica

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Carnaval de rua em Campo Grande em 2020
Carnaval de rua em Campo Grande em 2020

Muita gente não gostou da mobilização que já acontece em várias cidades do Estado para realização do Carnaval 2022. Como noticiou o Jornal Midiamax essa semana, algumas prefeituras de Mato Grosso do Sul apostam na festa como marco da retomada da economia, tão afetada pela pandemia. Nas redes sociais, a maioria dos comentários de leitores demonstra insatisfação com a realização do Carnaval no ano que vem.

“Engraçado pra Carnaval tem dinheiro e pra saúde pública onde está a verba que vem? Sou contra o carnaval”, diz uma internauta.

“Respeito quem apoia, mas na minha singela opinião esse dinheiro gasto serviria muito melhor para a saúde… e ninguém vai morrer por ficar mais um ano sem festança né”, disse outra.

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Natasha pondera que é preciso pensar na economia e também na vida das pessoas (Foto: Leonardo França)

Nas ruas de Campo Grande, no entanto, apesar desta corrente de opinião encontrar adeptos, a ideia de fazer o Carnaval em 2022 não soa tão mal assim. A dona de casa Tatiana Quintana disse à reportagem que, apesar de não gostar de Carnaval, é a favor da realização do evento. “Não gosto, mas não sou contra. As coisas têm que ir voltando aos poucos, na economia e em tudo”.

Opinião muito parecida com a de Jorge Joaquim da Costa, açougueiro de 30 anos. “Não curto, mas sou a favor da volta pelo giro da economia, vai aquecer o movimento do comércio”, pontua.

Até os mais idosos, motivos de preocupação durante a pandemia por serem do grupo de risco, acham que vale a pena fazer o Carnaval. O aposentado Washington Luis, de 62 anos, diz que a festividade traz diversão e renda. “Daqui pra lá [Carnaval] vai estar bem melhor. A situação está difícil hoje em dia, pelo menos vai alavancar a economia”.

A jovem estudante Nathasha Gabriela, de 17 anos, é mais comedida e tenta ver os dois lados da moeda. “Por um lado você tem que pensar na economia, por outro o vírus não acabou. Mesmo vacinado, você pode se contaminar e contaminar outras pessoas”, pondera.

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Rosilaine Gomes é contra a realização do Carnaval em 2022 (Foto: Leonardo França)

Mas tem claro, aqueles que mesmo com o argumento da economia, são contra. É o caso do casal Marlom Brando, de 27 anos, e Rosilaine Gomes, de 24 anos. Para eles, o dinheiro que será investido no Carnaval deve ser destinado a outros setores.

“Sou conta. Porque não gasta com saúde, educação? Trabalho em um hospital, tem setores que ainda estão cheios e com o Carnaval eles podem voltar a piorar”, diz Rosilaine, que é técnica em enfermagem.

Mais radical é Joselina Pereira da Silva, de 64 anos. “Sou contra, eu nunca gostei, por mim não aconteceria Carnaval nunca. Acho que não vale. Essa doença (Covid) taí”.

 

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