Não só os descartes nos EcoPontos de Campo Grande dispararam na pandemia, como também os descartes de lixo domiciliares. Em 2020, início da pandemia, a coleta de resíduos domiciliares cresceu, somando mais de 285 mil toneladas na Capital.

Conforme dados divulgados pela concessionária de limpeza urbana, a Solurb, em 2020, a coleta domiciliar cresceu 1,8%. Quando colocado em porcentagem, a quantidade não parece ser tão expressiva, mas quando falamos no número total, é notório, pois se trata de milhares de toneladas.

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Foto: Henrique Arakaki, Midiamax

Em 2019, foram coletadas 280.726 mil toneladas de resíduos, enquanto em 2020, pico da pandemia da Covid-19, a coleta saltou para 285.870 mil. Ou seja, quase 5 mil toneladas a mais quando comparado ao ano anterior.

No ano de 2020, os meses em que se registrou maiores coletas foram janeiro (26 mil toneladas), fevereiro (24 mil toneladas), outubro (25 mil toneladas), novembro (24 mil toneladas) e dezembro (26 mil toneladas).

Comparado ao ano de 2019, somente o mês de dezembro, em que as confraternizações e reuniões de família estavam “liberadas”, registrou maior coleta de lixo domiciliar, com mais de 28 mil toneladas de lixo.

Em apenas seis meses de 2021, o número de coleta já ultrapassa 136.460 mil toneladas. Quando comparado aos meses, a quantidade de coleta tem sido menor que em 2020, porém ainda é alta quando relacionado com a quantidade de resíduos domiciliares de 2019. Confira a tabela e compare:

Mês 2019 2020 2021
Janeiro 26.727 26.791 25.425
Fevereiro 22.788 24.071 23.026
Março 24.636 23.181 24.714
Abril 23.982 21.429 21.411
Maio 22.809 21.719 21.014
Junho 20.317 23.61 20.868

* Números são referentes a mil toneladas

Coleta nos Ecopontos cresce 47%

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Foto: Marcos Ermínio, Midiamax

Na Capital, existem cinco Ecopontos, sendo nos bairros Panamá, União, Nova Lima, Noroeste e Moreninhas — este último inaugurado em agosto de 2020. Conforme os dados divulgados pela Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), 2020 teve um aumento de mais de 3,7 mil toneladas de lixo descartados nos Ecopontos da cidade em comparação ao ano anterior.

Os dados mostram a coleta de materiais como entulho, poda de árvores, móveis e eletrodomésticos, que somam exatos 11.497.256 quilos de resíduos descartados nas unidades em 2020 e, em 2019, foram 7.785.324 quilos coletados no ano.

Os Ecopontos mais procurados no último ano foram o do Jardim Panamá e do Bairro União, que coletaram 5 mil toneladas e 3 mil toneladas, respectivamente.

MS tem coleta acima do nível nacional 

Conforme levantamento de dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), o Brasil tem uma média de 92% da cobertura de coleta de resíduos e com um déficit neste serviço, 6,3 milhões de toneladas ao ano são abandonadas no meio ambiente. Apenas 10 estados têm índice de cobertura de coleta acima da média nacional, dentre eles, Mato Grosso do Sul, com cobertura de 92,7%.

Os outros estados são o Rio de Janeiro (99,5%), Santa Catarina (95,84%), Goiás (96,1%), Rio Grande do Sul (95,5%), Distrito Federal (95%), Paraná (95%), Espírito Santo (93,7%), Amapá (93,3%) e São Paulo (99,6%). Os menores índices de cobertura de coleta são registrados nas regiões Norte e Nordeste, com os estados do Ceará (80,1%), Rondônia (78,9%), Pará (76,7%), Piauí (69,2%) e Maranhão (63,9%) nas últimas cinco posições.

Mato Grosso do Sul registrou uma produção de 974.550 toneladas de resíduos em 2019, avaliou levantamento da associação, sendo coletadas 903.375 toneladas.