Os estragos causados pela tempestade da última sexta-feira (15) em Campo Grande ainda deixou resquícios pelas ruas e casas dos moradores. Nesta terça-feira (19), uma força-tarefa ajudou famílias que precisavam de reparos em casa e equipes realizaram remoção de árvores caídas.

Segundo o biólogo Ricardo Brandão, que coordena as equipes, o número diário de árvores removidas vai aumentar na medida que ao invés de exemplares de grande porte (prioridade nesta fase inicial do serviço) haja só árvores menores para remover. Entre sexta-feira e sábado, foram feitos 624 pedido de remoção de árvores pelo telefone 156.

” Nestes dois dias, a prioridade foi retirar árvores que caíram sobre a rede elétrica  e com isto restabelecer o fornecimento de energia, além de desobstruir o trânsito. São operações mais demoradas, que dependem do apoio da para que seja feito com segurança”, explica.

Uma destas situações foi na Avenida Florestal, acesso ao Conjunto Coophatrabalho, onde um enorme exemplar de ingazeiro caiu sobre a rede. Nesta terça-feira as equipes trabalharam para retirar outro ingazeiro de grande porte na Rua Oceania , região do Bairro Tiradentes. Também teve frente de serviço na Rua Rádio Maia (Vila Popular); na Rua Valdir Lago (Aero Rancho); Avenida  Alberto Araújo Arruda (Mata do Jacinto) ; Avenida Rita Vieira( Rita Vieira); Avenida Gunter Hans (São Jorge da Lagoa); Rua Ponta Porã e Yokoama (Santo Amaro).

Ajuda às famílias

recebe os chamados e equipes da Agência e seguem percorrendo, em tempo integral, as comunidades mais afetadas pelas chuvas na Capital.

“Se tivéssemos que comprar telhas novas, não teríamos como comprar alimentos” – essa foi a constatação de Marilza de Jesus Nogueira, 43 anos e mãe de 3 crianças e 3 adolescentes, que presenciou a queda parcial de seu telhado, após o vendaval que acometeu Campo Grande na última sexta-feira (15). A moradora da comunidade Esperança, localizada no Jardim Noroeste, estava ansiosa pela chegada das equipes da Prefeitura para receber as telhas de que necessitava, logo depois de abrir chamado na Central de Atendimento da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf).

Situação semelhante ocorreu com mais de 100 famílias que já foram atendidas em menos de 24 horas após o contato por telefone com o canal de emergência da Amhasf (3314-3900) nesta segunda-feira (18). Ao todo, 25 servidores da Agência foram mobilizados exclusivamente para realizar os atendimentos volantes em todas as regiões que necessitam de materiais de construção para readequar moradias após os estragos causados pelas tempestades ocorridas no último final de semana.

Atendimentos – Estão previstas até amanhã (20) a entrega de mais 300 telhas de fibrocimento, além de outros materiais de construção. Para receber o auxílio, a renda familiar não deve ultrapassar mais do que R$1800 e a moradia deve ter até 70 metros quadrados.

“Ontem realizamos atendimentos no José Teruel, região do Dom Antônio Barbosa, e também em centenas de casas no Jardim Noroeste que foram avariadas pelos ventos. Ressaltamos que este é um momento de união. Por isso, estamos recebendo doações de empresas e de pessoas que queiram contribuir em prol da integridade dessas famílias”, concluiu a diretora-presidente da Amhasf, Maria Helena Bughi.

Nesta segunda-feira o prefeito pediu colaboração da iniciativa privada para conseguir atender as famílias que tiveram prejuízo com a chuva. A ação desta terça-feira contou com apoio da Plaenge e VBC Engenharia.