Algumas frutas podem ter aumento no preço nas próximas semanas, o motivo é a estiagem, que eleva os gastos na produção. No Ceasa-MS (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), entre os produtos que devem ter alta no valor estão o limão, o abacaxi, a laranja e o mamão.

Conforme o responsável pelas cotações no Ceasa de Campo Grande, Fernando Begena, a alta nos preços dos produtos deve ser de 15% a 25% na Capital. Segundo ele, esse aumento é esperado por conta dos gastos dos produtores devido à seca. 

“A falta de chuva faz com que aumente o consumo de água para a irrigação. E também consequentemente tem mais gasto de energia que é usado nas bombas para irrigar”, disse ao Jornal Midiamax. Com isso, o consumidor vai sentir no bolso as consequências da seca em MS.

De acordo com levantamento feito pela reportagem no Simab (Sistema de Informação de Mercado de Abastecimento do Brasil), a unidade do abacaxi por chegar a R$ 5. Com esse valor, a população deve parar de ouvir o carro de som vendendo três abacaxis por R$ 10. 

Confira:

Produto Média de preço atual (R$) Média de preço com aumento de até 25% (R$)
Abacaxi 4 5
Laranja Pera  1,26 1,50
Limão Taiti 4,23 5,28
Mamão Formosa 2,08 2,60

 

Além do aumento dos preços, um item deve sumir das gôndolas de frutas nos supermercados: a ponkan. Conforme Fernando, a fruta vai desaparecer por um tempo por conta do fim da safra. “Até o momento somente ela deve sumir. As outras frutas vêm de vários lugares do Brasil e não vai ter desabastecimento”, explicou ele. 

Em alta 

Alguns outros ingredientes já estão apresentando aumento nos preços. São eles: tomate longa vida, quiabo, banana-nanica e berinjela. O tomate teve alta de 25% na caixa de 25 quilos, que passou de R$ 80 para R$ 100, variando de R$ 3,20 para R$ 4 no Ceasa. 

Já o preço do quiabo está em alta devido à falta do produto, e muita procura. O tempo seco afeta o desenvolvimento do quiabo e esse aumento representa 14,29%. Preço comercial que era de R$ 9,33 vai para R$ 10,67 o quilo.

A banana foi o terceiro item da cesta que sofreu o maior reajuste entre agosto e setembro: 16,99% de aumento, perdendo apenas para o óleo de (29,27%) e o arroz (27,71%). A fruta acompanhou a inflação e de R$ 2,61 passou para R$ 2,83.

Por fim, a berinjela estava com o preço bem abaixo do praticado devido ao aumento da oferta e grande quantidade em estoque. Porém, na semana passada, o valor se normalizou, registrando uma alta 28,57%, variando de R$ 2,92 para R$ 3,75 o quilo.