Fim de mês e pandemia derrubam Semana Santa nas peixarias de Campo Grande
A Sexta-feira Santa está chegando e com isso os campo-grandenses começam a se preparar e já ‘garantem’ o peixe para o almoço e janta. Seja para o preparo de um ensopado, assado ou frito, o prato faz com que as vendas nas peixarias comecem a crescer. No entanto, na Capital, o movimento é muito menor […]
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A Sexta-feira Santa está chegando e com isso os campo-grandenses começam a se preparar e já ‘garantem’ o peixe para o almoço e janta. Seja para o preparo de um ensopado, assado ou frito, o prato faz com que as vendas nas peixarias comecem a crescer. No entanto, na Capital, o movimento é muito menor do que o registrado nos últimos anos.
Apesar desse crescimento do período, os proprietários de peixarias de Campo Grande contam que as vendas estão longe do registrado em anos antes da pandemia como 2019 e 2018, “até 2020 foi melhor do que agora”, comentou o proprietário de uma peixaria no centro de Campo Grande, Cleuber Linares.
O empresário explica que se comparado com 2019 a queda no movimento na Semana Santa é de 40% e se comparado com o mesmo período, mas em 2020, a queda também foi registrada, em torno dos 15% nas vendas.
“Eu acredito em três motivos, primeiro é o poder de compra dos clientes que diminuiu, isso sem dúvidas, segundo é o centro fechado, o que acaba diminuindo movimento na peixaria e por último a data, as pessoas ainda não receberam e muitas só vão receber na próxima semana”, explicou.
Ana Carolina, vendedora em uma peixaria no Jardim TV Morena, não disse uma porcentagem exata, mas teve a mesma impressão que o empresário ‘concorrente’.
“Essa semana sempre é mais movimento, principalmente entre quinta e domingo, tivemos um aumento nas vendas, mas se comparar com anos anteriores realmente está mais baixo”, disse.
Ana confessa que uma mudança na atitude dos clientes também pode estar maquiando essa impressão, “esse ano, também parece que as pessoas estão vindo antes, para evitar aquela aglomeração no dia do feriado”, comentou.
Apesar das quedas, que nada agrade os empresários, os clientes estão lá, seguindo as medidas necessárias e impostas, para comprar seu peixe e prepara-lo no almoço de sexta.
Para Maria de Lurdes a religião é um atrativo maior que preço, “está caro”, resumiu a consumidora após comprar 1kg de filé de pintado. “Eu não costumo comer peixe, mais nessas datas especiais, então achei caro”, comentou Maria ainda sem saber responder como pretende preparar a carne recém comprada.
Outra cliente, que foi interrompida por funcionários chamando o próximo cliente para pagamento, apenas falou que o peixe não está entre os alimentos diários, “só como de vez em quando e achei meio caro os preços”, disse.
Para o assistente em administração, Douglas Mazzoti, a tradição faz com que o bairro se torne a primeira opção de compra. “O local já está aberto faz tempo, eu sempre comprei aqui e agora achei bem em conta, claro que peixe não é uma carne barata, mas não achei nada absurdo”, comentou enquanto guardava suas compras.
Quanto vou gastar?
Para aqueles que ainda estão na dúvida, quanto gastará em um almoço se Sexta-feira Santa, a reportagem resolver dar uma ajudinha. Em uma peixaria do centro da capital, o Pacu inteiro está custando R$ 22,90, “um dos peixes que mais vendem”, segundo o proprietário.
Na peixaria localizada no Jardim TV Morena, o pacu inteiro é vendido por R$ 27. O peixe, além de ser um dos mais baratos pode ser utilizado para vários preparos. “O pessoal compra porque é mais famoso e também você pode assar, fritar e inventar várias receitas”, comentou a vendedora.
Caso a pessoa decida comer um filé de tilápia no almoço de sexta, pode separar cerca de R$ 38, pois o mesmo peixe é vendo por apenas um real de diferença entre o bairro e o centro. Para os fãs de caldos, o filé de cação, ótimo para esse tipo de preparo, custa em torno de R$ 24 na região central de Campo Grande.
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