O desembargador e ex-presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Rêmolo Letteriello, 80, faleceu em casa neste sábado (03) em Campo Grande em decorrência de leucemia que enfrentava há cerca de dois anos.
De acordo com a Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul) mesmo aposentado, ele estava advogando e trabalhando com mediação, tendo alcançado grande destaque na área, o que o levou a ser palestrante em outros países da América Latina.
Rêmolo exerceu a advocacia em Campo Grande de 1966 a 1976. Ingressou na magistratura e judicou por 35 anos (1976 a 2011). Presidiu o Tribunal de Justiça de MS, o Tribunal Regional Eleitoral e a Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul.
O desembargador Carlos Eduardo Contar, presidente do TJMS, destaca que Letteriello foi um dos realmente grandes da justiça de MS. Ele lembrou que Rêmolo implantou o Juizado Especial em no Estado, de forma pioneira no Brasil e na administração no TJMS construiu o anexo que abriga os Gabinetes dos Desembargadores, além de implantar uma série de inovações.
“O Des. Rêmolo, quando aposentado, dedicou-se a Academia Sul-mato-grossense de Letras, viabilizando a construção de sua sede própria e continuava trabalhando com conciliação e medição na câmara privada. Foi líder e representante digno da magistratura brasileira, destacando-se nacionalmente. Culto, doutrinador, autor de livros, orador de escol, trabalhador e combativo. Integrou lista tríplice ao STJ, ocasião em que foi escolhido o Min. Luiz Fux, hoje Presidente do STF”, disse o Des. Contar.
O presidente da Amamsul, Giuliano Máximo Martins, ressaltou que Rêmolo Letteriello foi o primeiro presidente eleito da associação e era um grande líder, além de ser profissional muito respeitado, pessoa atenciosa e comprometida com a vida pública.
“O Des. Rêmolo era um dos ícones da magistratura e sua partida é uma tristeza muito grande. Fica o reconhecimento da Amamsul por tudo o que ele fez pela magistratura e pelo Poder Judiciário deste estado. Ele certamente fará muita falta”, afirmou Giuliano. O velório será realizado no Tribunal de Justiça, em horário a ser confirmado pela família.