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Cotidiano

Estudo da UFMS aponta crescimento desenfreado do coronavírus em Campo Grande

Um estudo feito por pesquisadores da UFMS mostra que Campo Grande vive um crescimento exponencial e a pandemia não teria hora para acabar. 
Arquivo -

Desde a última semana de fevereiro, os casos de coronavírus têm avançado em Mato Grosso do Sul e em . A média móvel de casos, de mortes e de internações cresce a cada dia e a Capital vive um colapso na saúde iminente, já faltam vagas nos principais hospitais da cidade. Um estudo feito por pesquisadores da (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) mostra que a Capital vive um crescimento exponencial e, na prática, a não teria hora para acabar. 

ocupação de leitos
(Foto Ilustrativa: Henrique Arakaki/Midiamax)

O estudo matemático é elaborado pelos pesquisadores Erlandson Saraiva, do Inma (Instituto de Matemática) e Leandro Sauer, da Esan (Escola de Administração e Negócios). A análise leva em consideração a tendência da Covid-19 até a sexta-feira (12), mas a expectativa é que o cenário mude com o decreto estadual, que impôs novas restrições e entrou em vigor neste domingo (14).

O relatório aponta que o mês com mais casos registrados em Campo Grande foi dezembro, com 14.882 diagnósticos positivos. Porém, somente nas duas últimas semanas (de 27 de fevereiro a 12 de março), foram registrados 3.949 novos casos, a quantidade de pacientes internados em leitos clínicos aumentou em 34,13%, e de internados em leitos de UTI aumentou em 29,20%.  As médias móveis também aumentaram na Capital: na sexta-feira (12), a média foi de 336,1 casos por dia, um aumento de 47,43% em comparação com a semana anterior.

Os pesquisadores apontam que há três semanas, Campo Grande iniciou um período muito crítico de crescimento. O estudo matemático desenvolvido pelos pesquisadores mostra uma previsão da pandemia até o dia 18 de abril. Os dados mostram que houve uma mudança no comportamento na pandemia na Capital e que agora não há estimativa para um novo ‘pico’ da pandemia. Sem pico, não há previsão de queda de casos. 

O professor Erlandson Saraiva ressalta que a característica do modelo exponencial é de um crescimento indefinido, sem pico. A expectativa é que com o decreto, os casos comecem a diminuir e a pandemia mude para o modelo Gompertz, que apresenta pico. 

“No momento, não tem nenhum indicativo da mudança desse modelo, ou seja, neste momento estamos com um crescimento exponencial mesmo, é pior tipo de crescimento que ter”, frisa o pesquisador. 

Com relação ao número de internações, a previsão para sexta-feira (12) era de 223 pacientes internados em leitos clínicos e 177 em leitos de UTI em Campo Grande. A previsão se confirmou, foram registrados 223 leitos clínicos e 179 de UTI. Porém, se o cenário continuar como está, Campo Grande terá 181 pacientes em UTI nesta sexta-feira (19) e 185 internados no dia 26 de março, mostrando um aumento de internações pela Covid-19. 

“Os resultados mostram a importância da população aderir às medidas restritivas impostas pelo governo estadual e pelo prefeito para se manter o isolamento social sempre que possível. Neste momento, este procedimento é extremamente necessário para que as quantidades registradas em uma semana estejam sempre abaixo da curva estimada. Pois somente desta maneira obteremos e/ou manteremos o desejado “achatamento” da curva”, ressalta o relatório. 

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