Já matriculada no curso de medicina da (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), onde foi aprovada no último vestibular, a douradense Raíssa Piccoli Fontoura, de 20 anos não esconde a alegria de ver seu nome entre os 28 estudantes que conseguiram nota mil na redação do (Exame Nacional do Ensino Médio). A lista de candidatos chegou a 2,7 milhões em todo o Brasil.

Apesar de dizer que foi surpreendida pelo resultado, o feito de Raíssa não é fruto do acaso. Teve muita ‘ralação em cima dos conteúdos e um esforço ainda maior para conseguir ultrapassar os 960 pontos da redação anterior. “Achei o tema muito complicado e até tive receio de não ter me saído bem”, revela a jovem.

“Estudava em torno de 10 horas por dia. Assistia às aulas no período da manhã e me dedicava, especialmente, à realização de exercícios no período da tarde. Eu fazia em torno de três redações aos domingos”, conta Raíssa com exclusividade ao Midiamax, lembrando que por conta de toda a situação da pandemia, em alguns momentos perdia o foco, o que acabava atrapalhando o cumprimento da meta estabelecida.

A estudante diz que não existe uma receita básica para alcançar a nota máxima. O que é preciso segundo ela, é ler muito e manter a tranquilidade no momento da escrita, prestar o máximo de atenção ao tema (é interessante circular palavras relevantes para evitar confusões e o desenvolvimento incorreto do texto) e conhecer todas as competências cobradas na prova de redação do Enem, pois ela tem características bem específicas.

Foco e resiliência

Antes de navegar em águas mansas, a estudante enfrentou ondas mais agitadas. Ela já tinha feito outras provas e nas tentativas anteriores acabou ficando no meio do caminho. Persistente, Raíssa que sempre foi muito apegada à família decidiu fazer cursinho em São Paulo e enfrentou a tempestade da pandemia.

“Não desistir de estudar. Resultados não tão bons fazem parte do processo de formação e consolidação do conhecimento. É importante tentar manter o foco e a resiliência pra impedir que a desistência se torne uma opção”, aconselha a douradense que fez a prova do Enem na capital paulista.

“Para colher esses frutos Raíssa teve que abrir mão de muitas coisas desde a sua adolescência. Foram muitas horas de dedicação algumas frustrações e isso fez com que a gente sofresse junto”, explica o pai da jovem, Eduardo Fontoura, que é enfermeiro. Ele e a mulher, Flaviany Piccoli Fontoura, que também é enfermeira, são professores da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).