O governo federal estuda nova modalidade de empréstimo usando recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para ‘negativados’ e a medida é vista com bons olhos em Mato Grosso do Sul, apesar do receio com a taxa de juros.

Por se tratar de um estudo do Ministério do Trabalho e Previdência e a Caixa Econômica Federal, ainda não foram definidos detalhes como os juros, mas os R$ 13 bilhões do fundo podem ser usados como garantia para empréstimos a quem está com ‘nome sujo’ no SPC e Serasa.

Para o comerciante Jorge Sone, 60 anos, a ideia é boa, pois “é muito difícil quem está negativado conseguir crédito nos bancos, porém, isso vai depender dos juros. Se forem muito altos não vai mudar, afinal, o governo não faz nada para perder”, ponderou.

Para Carol Ramos, 36, que trabalha em loja de enxovais, conceder crédito a quem está negativado é uma boa ideia. “Por conta da pandemia, muita gente ficou negativada, pois, os clientes sumiram e a pessoa acabou quebrando. É interessante para o comerciante fazer capital de giro, pois quem tinha perdeu. Mas, no fim das contas, é empréstimo, então, depende muito dos juros”, avaliou.


Carol Ramos avalia que opção pode ser boa para fomentar pequenos negócios, mas depende da taxa de juros – Foto: Henrique Arakaki / Midiamax

Quem não sabia desse estudo é Virgínia Martins, 45, que trabalha com música. Para ela, trata-se de mais um empréstimo assim como outros. “Não vai mudar nada, não, quem pegar dinheiro vai ter que pagar de volta. Se fosse um adiantamento, sem juros, aí valeria a pena”, declarou.

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Por fim, a promotora de vendas Amanda Pereira, 23, avalia que para ela não muda nada, já que não está com o nome ‘no vermelho’. “Até mesmo porque eu não pediria, pois, não preciso. Mas, se perder o emprego, as coisas podem mudar, mas ainda dá para fazer [o empréstimo] no banco. Agora, quem está com nome sujo é melhor, aí sim, é uma mão na roda para esse público”, comentou.

Empréstimo com FGTS

O projeto tem como alvo cerca de 20 milhões de MEIs (Micro Empreendedores Individuais), micro e pequenas empresas, que poderão tomar empréstimos entre R$ 500 e R$ 15 mil, segundo adiantou o colunista do O Globo, Lauro Jardim.