Em MS, internet 5G deve beneficiar, principalmente, setor agrícola e democratizar acesso no campo

Segundo alguns especialistas, tecnologia 5G, que está em fase de leilão, trará avanços importantes para setores específicos da economia local

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Muito tem se falado sobre a internet 5G, que está com edital do leilão aberto para as operadoras interessadas em fazer a distribuição. Mas o que é a 5G? Qual vai ser o impacto dela em nossa vida? Quando ela chega a nosso Estado?

Todas essas são perguntas que começam a ser respondidas à medida que o leilão se aproxima, no dia 5 de novembro. Basicamente, a tecnologia 5G é a próxima geração de rede de internet móvel. Ela trará ainda mais velocidade para downloads e uploads, cobertura mais ampla e conexões mais estáveis. A ideia é usar o melhor espectro de rádio e permitir que mais aparelhos acessem a internet móvel ao mesmo tempo.

Na esteira dessas mudanças, vem uma série de outras que devem revolucionar a vida das pessoas, principalmente quando o assunto é automação.

Segundo Luiz Soares, diretor da Startups MS, instituição que representa várias startups em Mato Grosso do Sul, a nova tecnologia vai potencializar o que já pode ser feito hoje. “Basicamente muitas tecnologias já estão desenvolvidas, como automações para casas e indústrias, opções de transporte e etc., o que faltava era uma rede com uma capacidade melhor, e nisso o 5G fará diferença”.

Luiz acredita também que a 5G terá impacto diferente em MS comparado a outros estados. “Somos forte na produção agrícola e seremos muito beneficiados pelos avanços que a rede abre nesse setor”.

Para as operadoras, por exemplo, pode ser mais viável construir antenas e dar roteadores 5G a usuários do que passar fios de fibra por baixo da terra para a casa de cada cliente, algo mais custoso.

Porém, o grande desafio ainda é fazer com que o 5G chegue ao estado todo. “Temos cidades importantes que têm problemas graves de conectividade e ainda estão até 2 gerações atrasadas. Mas se não tivermos gente boa desenvolvendo novas tecnologias, sejam elas produtos ou serviços, vamos ocupar um lugar coadjuvante nessa nova realidade do mundo”, diz Luiz.

Em sua área de especialidade, as startups, a mudança deve ser revolucionária. “Acredito que com as possibilidades abertas pela nova tecnologia, soluções mais baseadas em ciência de dados encontrarão um caminho mais fácil para aparecer e se sobressair”, completa.

Quando deve chegar a Campo Grande?

Segundo Paulo Fernando Garcia, diretor-presidente da Agetec (Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação de Campo Grande), as coisas devem ficar mais claras após o leilão.

“A 5G deve chegar primeiro a Campo Grande aqui no estado, ouvimos falar da possibilidade do começo de 2022, mas ainda precisamos de mais informações sobre como será aproveitado pelo Poder Público, isso é algo com as operadoras”.

Paulo diz que Campo Grande já se preparou há dois anos, adaptando algumas antenas que devem receber o sinal 5G e fala como pode ser aproveitado num primeiro momento.

“Nossa ideia é tentar levar internet a lugares mais distantes como em áreas rurais, escolas do campo, por ser uma internet bem mais estável, pode ser uma saída para esse problema crônico”.

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