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Cotidiano

Em Campo Grande, apenas 2 monumentos representam negros ou a cultura negra

Dado ratifica falta de representatividade negra nas homenagens feitas por meio de monumentos na Capital
Arquivo -

Segundo a (Secretaria de e de ), apenas dois monumentos em toda a cidade representam negros ou a cultura negra. Vale ressaltar que, mesmo no site da Secretaria, onde estão listados alguns pontos turísticos e principais monumentos da Capital, não é feito menção aos monumentos.

São eles, o busto em homenagem à Eva Maria de Jesus, popularmente conhecida como Tia Eva, que resgata a imagem da mulher, matriarca, escrava alforriada e fundadora da Comunidade Remanescente de Quilombo Eva Maria de Jesus – Tia Eva e a estátua do Preto Velho, na Praça Pretos Velhos, que é uma das poucas representações públicas das religiões e cultos afro-brasileiros e ameríndios em Campo Grande.  O nome é inspirado no monumento de um dos mais representativos ancestrais africanos que está no meio da praça.

O debate vem se aflorando nos últimos tempos, principalmente porque outros monumentos, os de figuras ligadas à opressão dos povos negros e indígenas, se tornaram alvos de ativistas que enxergam nessas homenagens uma espécie de anuência com o que eles fizeram no passado. Exemplo mais recente foi o ataque à estátua do Borga Gato, bandeirante paulista acusado de escravizar povos nativos.

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Estátua do Preto Velho em Campo Grande

Após essa polêmica, inclusive, a Prefeitura de São Paulo anunciou que irá inaugurar cinco novas estátuas de personalidades negras. Para se ter uma ideia, dos mais de 360 monumentos que homenageiam personalidades e fatos históricos na cidade de São Paulo, menos de 3% representam pessoas negras e indígenas. O levantamento foi realizado pelo Instituto Pólis.

Segundo Guilherme Soares Dias, pesquisador da cultura negra e fundador do Guia Negro, uma plataforma de afroturismo que atua também em São Paulo, essa realidade se estende por todo , inclusive Campo Grande.

“Além de serem poucas as homenagens, elas ainda não ficam em locais de grande circulação. A Avenida Afonso Pena, por exemplo, tem um busto do José Antonio Pereira, mas não tem a Tia Eva”, diz o pesquisador mencionando a personalidade negra que também foi considerada uma das fundadoras de Campo Grande.

Para Guilherme, isso é fruto de um racismo estrutural e estruturante que permeia nossa sociedade. “É uma história contada por pessoas brancas, por isso fica claro um apagamento da cultura negra”.

O pesquisador toma como exemplo a África do Sul, que, após o fim do Apartheid — um cruel regime de segregação racial implementado no país em 1948 —, homenageou grandes heróis negros do período com estátuas, nomes de praças e ruas.

“Enquanto isso em Campo Grande, por exemplo, temos a Avenida Costa e Silva, nome de um general da Ditadura Militar. Em São Paulo, uma avenida com mesmo nome foi renomeada”.

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