Para quem vive no Vida Nova, problemas começam em praça e terminam em posto de saúde

Bueiros com tampa quebrada também incomodam moradores

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Com bueiros que ‘engolem’ carros, um parquinho infantil no estilo ‘The Walking Dead’ e o teto do posto de saúde caindo, os moradores do bairro Vida Nova 1 e 2, na região norte de Campo Grande, lidam com o abandono da região há anos. Na esperança de melhorias, moradores contaram para o Jornal Midiamax sobre a rotina de viver na região. 

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Teto caiu há três anos (Foto: Ranziel Oliveira / Jornal Midiamax)

Com mais de 20 anos de Vida Nova 1, a comerciante Margarida Rodrigues, de 52 anos, mora em frente a dois bueiros sem tampa, aos fundos da Escola Municipal Nerone Maiolino, e há anos aguarda por manutenção. “Tem quase oito anos que está assim, estragou logo depois que fizeram”, disse ela.

Depois de anos levando perigo a moradores e estudantes, os bueiros continuam causando acidentes constantes, não dando sossego para quem passa pelo cruzamento das ruas Elias Chaca com a rua Maraú. “Não dão atenção pra esses bairros. Um carro caiu essa semana, já aconteceu várias vezes. É bem na virada, o pessoal cai de bicicleta a noite. Até cachorro, mas o dono resgatou”, desabafou.  

Residente na região desde os anos 2000, a aposentada Sônia Ramirez, de 59 anos, participou de abaixo-assinado para conseguir iluminação pública no bairro. Mesmo com melhorias conquistadas com muito sacrifício, a Unidade Básica de Saúde da Família do Vida Nova é mais um problema que os moradores lutam por solução. “Não tinha nem luz na rua. O atendimento até está bom, mas o gesso do forro está caindo bem na entrada do posto, perto da farmácia”, disse ele.

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Local está abandonado há cerca de dois anos (Foto: Ranziel Oliveira / Jornal Midiamax)

O mesmo problema é relatado por Eliete Monteiro da Silva, de 68 anos, que observa a situação se arrastar por anos. “Os médicos atendem bem, mas o forro caiu há cerca de três anos, durante uma chuva, e até agora ninguém se incomodou. Já deviam ter arrumado”, relatou.

Morando na região há 20 anos, ela observou as melhorias e o abandono constante que a região enfrenta, junto com a depredação do patrimônio público, como o parque infantil que fica ao lado da unidade de saúde. “O parquinho está esquecido há quase dois anos, mas também foi destruído por vândalos”, disse Eliete.

O que diz a prefeitura

Em nota, a prefeitura de Campo Grande informou que o reparo na unidade de saúde já está dentro da programação e planejamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e deve ser feito o quanto antes. A gestão não se manifestou sobre a situação dos bueiros e do parque infantil. 

 

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