Comissão da prefeitura de Rondonópolis visita projeto da Rua 14 de Julho
Uma equipe técnica da Prefeitura Municipal de Rondonópolis (MT) esteve na UGP (Unidade Gestora de Programa) da Prefeitura de Campo Grande nesta sexta-feira (19), para conhecer as obras de requalificação da Rua 14 de Julho. Comissão se interessou em entender a instalação da fiação de energia elétrica subterrânea, ‘calçadão’ e arborização. A equipe, formada por […]
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Uma equipe técnica da Prefeitura Municipal de Rondonópolis (MT) esteve na UGP (Unidade Gestora de Programa) da Prefeitura de Campo Grande nesta sexta-feira (19), para conhecer as obras de requalificação da Rua 14 de Julho. Comissão se interessou em entender a instalação da fiação de energia elétrica subterrânea, ‘calçadão’ e arborização.
A equipe, formada por um engenheiro civil, um engenheiro elétrico e quatro arquitetos da Secretaria Municipal de Infraestrutura e da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis, chegou à Campo Grande na quinta-feira (18), quando fez uma visita à 14 de Julho para conhecer de perto as modernas instalações da rua.
Após esse reconhecimento, a equipe esteve na UGP para conversar com o consultor em arquitetura e urbanismo, Cristiano Almeida, a engenheira Joice Iahn e a coordenadora da unidade, Catiana Sabadin. Oportunidade de conversar, conhecer os responsáveis pelas obras e tirar as dúvidas, além de compartilhar quais seriam ideais para Rondonópolis.
Entre os aspectos que mais chamaram a atenção da equipe está a arborização e o embutimento da rede elétrica, ideias que eles pretendem replicar na cidade mato-grossense. Lizandra Ribeiro Rosa, assessora de obras de alvenaria, se surpreendeu com o conforto térmico proporcionado pelas árvores plantadas nas calçadas, pois, apesar da visita ter sido feita em um horário de altas temperaturas, a equipe conseguiu caminhar com tranquilidade, sem ser incomodada pelo calor.
“Viemos fazer um estudo de caso desse projeto porque nossa intenção é levar isso para o centro de Rondonópolis. Por exemplo, a gente achou a cidade bem arborizada, com bastante vegetação e isso falta na nossa cidade”, explicou Lizandra.
Para Uelvis Pereira de Souza, gerente do Departamento de Projetos Urbanísticos, o projeto da 14 tem diversos pontos fortes que podem ser replicados em Rondonópolis como as calçadas largas, a acessibilidade, drenagem, paisagismo e mobiliário urbano. “Nós viemos buscar na 14 uma referência, ideias e tudo que vocês foram atrás para fazer a 14. Isso vai nos ajudar bastante.”
Além de conversarem sobre a parte prática das obras, a coordenadora da unidade, Catiana Sabadin, explicou sobre os processos burocráticos acerca do projeto, como o financiamento por meio de bancos de fomento de desenvolvimento urbano.
Inauguração oficial
Por volta das 20h do dia 29 de novembro de 2019, foi inaugurada oficialmente a revitalização da Rua 14 de Julho, que integra o pacote de obras do Reviva Campo Grande. O projeto foi lançado há 9 anos, mas só começou a sair do papel em 2017.
O ato de entrega oficial da rua contou com discurso do prefeito reeleito Marquinhos Trad (PSD) e outros políticos, além de queima de fogos que coloriram o céu e atraiu milhares de moradores para o evento. O grupo Balão Mágico foi a atração principal da noite na ocasião.
Antes do discurso, Marquinhos Trad ressaltou que entregou a obra antes do prazo sem qualquer questionamento sobre superfaturamento. O prefeito também listou o que compreendia a obra. “Estamos entregando o paisagismo, o wi-fi gratuito, área para descanso, segurança, lâmpadas de LED, faixa para transporte coletivo e as calçadas largas para as famílias”.
Do papel à obra
Orçado em R$ 49.238.507,65 milhões, o projeto do Reviva Campo Grande foi muito além de dar uma cara nova à principal rua do comércio central. A ideia que baseou todo o projeto – que começou a ser efetivamente construído em 2010 – nasceu da vontade de literalmente ‘reviver’ o centro da cidade, fazendo com que as pessoas voltem a morar no coração da Capital.
O contrato inicial com o BID (Banco Interamericano do Desenvolvimento) era de R$ R$ 49,2 milhões, no entanto, em razão de aditivo publicado em setembro deste 2019, no valor de R$ 11.216.603,21, o valor total da obra ficou em R$ 60.455.110,03.
O Reviva Campo Grande, antigo Reviva Centro, foi fruto de um plano de revitalização da Zona Especial de Interesse Cultural do Centro feito entre 2010 e 2011 com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para área de mobilidade. Desse processo, saíram 93 projetos que poderiam ser executados no prazo de 20 anos. Entre eles estava a revitalização da 14 de Julho.
Apostando no sucesso de um futuro projeto de revitalização do Centro, o município decidiu à época, utilizar parte desses recursos para dar início a projetos de engenharia, arquitetura e audiências públicas com campo-grandenses. Todo esse processo ocorreu durante os anos de 2013, 2014 e 2015.
A burocracia envolvendo a liberação de verbas para a realização do projeto era grande e envolveu até autorizações da União e do Senado Federal, em razão dos recursos serem originários de órgão financeiro internacional. A autorização do Governo Federal para a contratação dos recursos saiu no segundo semestre de 2013 e após quase dois anos de estudos de viabilidade, a aprovação do Senado saiu em setembro de 2015.
Uma crise política envolvendo cassação do então prefeito Alcides Bernal, a gestão de Olarte por mais de 1 ano e a volta de Bernal até o término do mandato em 2016 atrapalhou o andamento do projeto e fez com que o reviva ficasse praticamente engavetado por quase 9 meses.
A assinatura da operação de crédito, ou seja, efetiva liberação dos R$ 49,2 milhões só aconteceu em maio de 2017, já na gestão de Marquinhos Trad (PSD). Com o dinheiro na mão, teve início então processo de licitação da obra e das equipes que gerenciam toda a fase de execução do projeto. A ordem de serviço para o primeiro passo prático do Reviva Campo Grande foi assinada em maio de 2018 e as obras começaram em 6 de julho de 2018.
Após a conclusão da 14, obras nas ruas transversais a ela também terão andamento. A última etapa da revitalização envolve a construção de prédios habitacionais na região da Orla Morena.
A ideia do projeto é que as pessoas voltem a viver no Centro, humanizando um espaço que há muitos anos ficou reservado para lojas e poucos moradores. O prazo final para o uso do recurso internacional e finalização de toda a obra é o primeiro semestre de 2022.
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