Com rodízio nas Emeis, pais reclamam que não têm com quem deixar os filhos em Campo Grande
Mesmo com vagas reduzidas, escolinhas e berçários particulares percebem aumento na procura
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As aulas na rede municipal já foram retomadas também para os pequenos, porém pais têm reclamado do ensino híbrido nas Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil) em Campo Grande. Com o revezamento de alunos, os responsáveis apontam que não têm com quem deixar os filhos na semana em que a aula é remota. Muitas vezes, a única alternativa é levar as crianças para o trabalho. Diante do rodízio na rede municipal, escolinhas particulares têm percebido aumento na procura.
Pais e responsáveis relataram à reportagem do Jornal Midiamax que, com o rodízio, têm que buscar alternativas, como deixar as crianças com os avós ou até mesmo levá-los ao trabalho. Mas, afinal, com 78,9% dos adultos vacinados, quando o atendimento volta a ser integral? Segundo o município, ainda é cedo para prever.
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) explica que tudo vai depender do cenário da pandemia na Capital. “Estive em algumas Emeis vendo as crianças. [A volta do integral] Vai depender dos resultados, número de casos e ocupação de leitos”, afirma.
Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) explica que cada unidade escolar organiza o seu sistema de rodízio de acordo com o espaço físico das salas de aula e a quantidade de alunos. Ainda segundo a secretaria, o escalonamento, inclusive na rede privada, funciona desde o dia 26 de julho e atende aos requisitos do decreto municipal.
A secretaria garante, ainda, que não houve desistência de matrículas nas Emeis e que “o retorno integral depende de decreto municipal, assim como as demais unidades de ensino do município — públicas e privadas — a Semed está no aguardo”, informa a nota.
Enquanto o ensino infantil é híbrido na rede municipal, o atendimento é integral em algumas escolinhas e berçários particulares. A regra de 50% do limite da ocupação das escolas é válida para todos, da rede estadual, municipal e particular. Contudo, as escolinhas particulares conseguem atender integralmente, pois oferecem menos vagas.
O berçário Baby Time explica que não realiza rodízio entre as crianças porque matriculou um número menor de alunos. “De fato, não seria vantajoso para um pai que investe em um berçário levar semana sim, semana não. Então, nós abrimos as salas com o número reduzido para não haver a necessidade de fazer o revezamento”, informou.
Com a melhora no cenário da pandemia e a oferta de atendimento integral, o berçário percebeu aumento na procura. “Conforme as pessoas foram se vacinando, as famílias estão se sentindo mais seguras e houve sim um interesse maior”.
Na escola Cheiro de Alecrim, o atendimento também é integral, mas também com somente 50% da ocupação. Na escola Planeta, há opções de ensino integral e híbrido para os pequenos. Com isso, houve aumento na procura por matrículas, principalmente no segundo semestre.
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