A crise no desabastecimento nacional de remédios que compõem o ‘kit intubação', aqueles usados para sedar pacientes que são submetidos a procedimento de ventilação mecânica invasiva, chegou a . Com índices de ocupação de leitos há semanas em níveis acima dos 100%, o Estado corre risco de zerar os estoques desses medicamentos. A informação foi divulgada em carta assinada por três hospitais de , na tarde desta quinta-feira (25).

De acordo com o comunicado assinado pela Santa Casa, Hospital e Hospital El Kadri, a situação de falta iminente de medicamentos ‘já se arrasta por dias' e, sem solução, a tendência é que pacientes com Covid-19 que precisarem de intubação sejam expostos à ‘desassistência'.

Ainda conforme a nota, preços altos dos remédios em comparação ao valor de mercado vêm dificultando o procedimento de compra. “Os fornecedores não se comprometem com a entregam causando uma situação de pânico entre os profissionais da saúde, que já vislumbram um cenário caótico para os próximos dias”, diz a nota.

Por fim, os hospitais ‘clamam' ao poder público que atue para resolver o desabastecimento dos medicamentos e também para que a sociedade contribua com a diminuição de casos, praticando isolamento social.

O Jornal Midiamax apurou que além dos três hospitais que assinam a carta, também há baixo estoque dos medicamentos no de Campo Grande. Em Três Lagoas, no Hospital Auxiliadora, a situação também preocupa.

No último dia 20 de março, a direção do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), unidade referência no tratamento de pacientes com coronavírus, informou que os estoques atuais do hospital indicavam que só haveria medicamentos do kit intubação pelos próximos 10 dias.

Nacionalmente, a falta dos remédios usados para intubação de pacientes já é problema enfrentado há semanas por hospitais particulares. Nesta quarta-feira (24), o Ministério da Saúde anunciou compra de 2,8 milhões de unidades de medicamentos que compõem o kit. A previsão é que a entrega dos remédios pelas farmacêuticas ocorra até o dia 30 de março, só após essa data é que os medicamentos devem ser encaminhados para os estados.

A reportagem questionou a SES (Secretaria Estadual de Saúde) a respeito de procedimento de compra ou encaminhamento federal dos medicamentos e aguarda retorno.