Após três semanas de superlotação, nesta quinta-feira (8), registrou o menor índice de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neste período. Os 91,84% de lotação vieram após 86 mortes causadas por no Estado nas últimas 24h.

De acordo com o boletim da SES (Secretaria de Estado de Saúde), foram 86 óbitos por coronavírus confirmados nas últimas 24h em MS. Assim, o Estado bateu novamente o triste recorde de vítimas fatais da doença.

Então, com os óbitos, leitos de UTI ficam disponíveis no Estado. Segundo os dados do Painel Mais Saúde, da SES, até às 13h30 haviam 585 pacientes internados por causa da Covid-19 nestes leitos.

Assim, 52 estão disponíveis para novas internações em UTI Covid-19 de MS. No total, o Estado possui 637 leitos para atender pessoas com quadros graves da doença.

O índice de ocupação nos leitos clínicos de MS também caiu para 62,15%. Então, 831 leitos estão ocupados, dos 1.337 existentes. Ou seja, 506 ainda estão disponíveis para novas hospitalizações.

Em MS, o número de ocupações começou a baixar na tarde da última quarta-feira (7), quando pela primeira vez na semana o índice foi para 98,47% nas UTIs Covid-19. Na terça-feira (6), o Estado já apresentava queda de internações, registrando 100% de ocupação.

Mais circulação, mais internações e mortes

Ao Jornal Midiamax, o enfermeiro Everton Lemos, doutor em infectologia e colaborador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), já disse que quanto maior a mobilidade das pessoas no Estado, mais o vírus circula.

Assim, destaca que “com a alta circulação do vírus e o baixo isolamento social em Mato Grosso do Sul, o número de pessoas infectadas que precisam de assistência na rede de atenção à saúde aumenta”.

Então, por precisar de hospitalização, o caso da pessoa infectada por coronavírus pode ser considerado grave. Além disto, existem variantes do vírus circulando pelo Estado, que sem isolamento adequado, se espalham ainda mais rápido.

Se antes as pessoas ficavam em média 14 dias internadas antes de falecerem por Covid-19, hoje ficam cerca de 2,3 dias apenas. Os dados foram expostos pela SES em live desta semana.

Por fim, a secretária-adjunta da Saúde Crhistinne Maymone destacou que MS passa por respiro nos leitos apenas pela grande quantidade de mortes. “Temos tido sim, uma pequena diminuição de pacientes internados. Mas temos aumento de óbitos, o leito fica vago porque a pessoa faleceu. Infelizmente, é o que estamos vivenciando”, lamentou.