Com volta do auxílio emergencial, comerciantes torcem por mais vendas em Campo Grande
Alimentação deve ser a prioridade para uso do auxílio
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Em tempo de crise financeira causada pela pandemia, o trabalhador brasileiro está cada vez mais condicionado a um regime de escolhas, com o volume de itens no carrinho diminuindo a cada mês. Com a retomada dos pagamentos do auxílio emergencial, mesmo reduzido a R$ 150, comerciantes projetam um aumento tímido no movimento, com o foco na alimentação.
No bairro Parati, o dono de uma bicicletaria acredita que a nova remessa do auxílio não terá um grande impacto no comércio, devido ao valor reduzido, o dinheiro seria usado para itens essências e alimentação. “Como ficamos 15 dias parados, as pessoas darão prioridade para comida e coisas essenciais, uma água ou luz”, disse Orlando de Almeida, de 46 anos.
De acordo com a estimativa do mecânico de bicicletas, o dinheiro não vai impactar significativamente no seu rendimento final, pois o público da região utiliza a bicicleta como transporte diário. “Independentemente de ter o auxílio, a pessoa precisa usar a bicicleta. O público daqui usa para trabalhar, por necessidade. Ele já mantem a manutenção em dia”, finalizou Orlando.
Paga uma conta de luz
Na rua da Divisão, o açougueiro Jaedson Carlos, de 34 anos, espera um aumento no movimento do comércio, mas não acredita que o dinheiro ajude efetivamente nas contas do brasileiro. “Vai girar mais dinheiro, vai ser bom para o empresário, mas para o trabalhador vai ser pouco” disse ele.
Em uma análise rápida, o açougueiro listou a carne de músculo, vendida por 26,99Kg, e comparou com outras contas. “Para quem precisa, é uma grande diferença de R$300,00 para R$ 150,00. Você tem que pagar água, luz, e comprar um arroz por R$18,00”, finalizou Jaedson.
Para quem lida com a rejeição diária no olhar das pessoas, o auxílio pode ser uma luz na hora de aumentar as vendas, mas com pouca relevância para as contas mensais. “Para mim vai ser R$150,00, não vai ajudar bastante, mas dá para pagar uma luz. Até os R$300,00 ainda estava salvando para pagar o aluguel de R$550,00, transporte e mistura”, disse o ambulante Jakleson Vieira, de 31 anos.
Já nas vendas, o ambulante enxerga as próximas semanas com otimismo e expectativa, pelo fato do seu produto ser um item de alimentação básica. “Vão compra mais, porque muita gente não sabe fazer pão caseiro, as pessoas gostam. Porque pão é uma coisa universal”, finalizou.
Compra cada vez menor
No período de um ano, a dona de casa Isabel Fernades, de 22 anos, viu o seu poder de compra cair consideravelmente e as contas da casa subirem exorbitantemente. “A compra não é a mesma de 1 ano atrás. Está tudo mais caro, você tem que diminuir as bobagens para as crianças. A compra caiu de R$800,00 para 500,00. Disse ela.
Casada e mãe de duas crianças de 1 e 5 anos, o auxílio já possui destino certo ante mesmo e chegar na conta. “Iria comprar as coisas para casa, não é muita coisa é uma ajuda. Tem que pagar aluguel, água e luz.
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