Com eventos limitados a 50% da capacidade, vida noturna de Campo Grande espera por retomada

Segmento sofreu diversas perdas com a pandemia e vislumbra esperanças com a imunização

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Um dos segmentos mais atingidos pela crise sanitária em todo o mundo foi o de restaurantes, bares e shows. Em Campo Grande, todo comércio de vida noturna sofreu grandes perdas financeiras e tenta, aos poucos, restabelecer o patamar de antes da pandemia.

Atualmente, as regras, para que tais lugares continuem funcionando, definem que o estabelecimento não pode ultrapassar 50% da capacidade de lotação do ambiente. Quem seguir essa diretriz, pode acionar a vigilância sanitária e solicitar autorização para a realização das atividades.

Abrindo suas portas para o atendimento do público da noite, o sócio-proprietário da Prime Pub, César Nascimento, revela que os percalços foram tantos que teve de fechar outro negócio empreendido recentemente.

“A gente entrou numa situação muito difícil durante a pandemia. O outro bar que a gente tinha tivemos de fechar. Tivemos de recorrer a empréstimos. E agora, aumentamos a quantidade de banheiros, oferecemos álcool em gel, ampliamos o espaço da casa”, detalhou Nascimento.

O empresário comenta ainda que, desde quando a duração do toque de recolher diminuiu, houve maior procura pelos serviços do bar. “Os clientes começaram a voltar. E a gente reformou aqui também, buscamos inspirações em casas noturnas de fora e investimos em iluminação. Então, as pessoas estão curiosas, elas estão na expectativa”.

Outro atuante do comércio noturno é o sócio-proprietário do Velfarre Bar, Rodrigo Hata. Ele diz que são muitos os desafios enfrentados, mas que o momento atual é de recuperação de tudo o que foi perdido durante o período pandêmico na Capital.

“Nós tivemos que pedir ajuda financeira. Houve meses que o faturamento caiu 90%. Qualquer economia não durou muito tempo, pois as despesas fixas não pararam. Vai demorar para equiparar as contas, acredito que somente no ano que vem que sentiremos aliviados. Agora, chegou a hora da recuperação porque nosso setor foi muito prejudicado”, afirmou Hata.

O empresário atribui à vacinação da população a volta gradual ao patamar anterior ao contágio pelo novo coronavírus. “Com o avanço na vacinação e redução na taxa de ocupação dos leitos, os clientes começaram a frequentar mais. Acredito que nesse verão teremos ótimos faturamentos e aumento de clientes nos bares e restaurantes de Campo Grande”, disse.

Vacinação entre os jovens

Atualmente, o público vacinado que mais frequenta bares e casas noturnas, faixa etária entre 18 e 30 anos, representa 22% da população campo-grandense vacinada com uma dose do imunizante contra a Covid-19. Já o número dos completamente vacinados é de pouco mais de 42 mil jovens, o que correspondente a 11,8% dos que já tomaram a segunda dose ou dose única em Campo Grande.

Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a procura de vacina pelos jovens está dentro do esperado. A secretaria informou também que, à medida que o calendário se mantém aberto para todos os públicos, há uma tendência de maior adesão por parte da população.

“A nossa expectativa é que a vacinação atinja o maior número de pessoas. Assim, a gente iria ter segurança e trabalharíamos em paz. E isso possibilita retomar os shows, por exemplo. As pessoas querem sair, estar mais próximas das outras. A gente sofreu demais durante a pandemia. Precisamos da retomada. Esses são os nossos maiores anseios”, desejou César Nascimento.

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