Os governadores de , (PSDB) e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), entregaram nesta quarta-feira (24) ao (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) estudo de impacto ambiental do projeto da Nova Ferroeste e cobraram celeridade na liberação da licença ambiental para a obra.

A ferrovia deve ir a leilão na Bolsa de Valores entre julho e setembro de 2022 e a concessão da licença ambiental por parte do Ibama irá garantir segurança jurídica aos investidores.

O governador do Paraná destacou a importância da participação dos diversos órgãos federais na execução do Estudo de Impacto Ambiental, que é essencial para solicitar o licenciamento. “Os técnicos se aproximaram do projeto, percorreram todo o trecho a ser estudado e acompanharam todas as etapas, nos orientando quais os melhores caminhos”, avaliou Ratinho Junior. Entre os órgãos federais envolvidos no projeto estão o próprio Ibama, a Funai, o Incra e o Iphan.

O titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, destacou o processo do estudo. “O Ibama ao longo da formulação esteve conosco em Mato Grosso do Sul e também no Paraná fazendo avaliação dos pontos críticos. É importante trazer o Ibama projeto que eles já têm conhecimento dos principais pontos de impacto ambiental da nova ferrovia”, explicou.

Segundo ele, outro ponto ressaltado na reunião é a preocupação para que a ferrovia não passe por áreas indígenas e de unidades de conservação. “E que também tivesse toda uma lógica de cálculo de descarbonização, já que no momento que tira os caminhões e passa para o trem nós temos aí um ganho ambiental significativo”, completou.

Nova Ferroeste

O projeto terá extensão de 1.304 km, ligando a cidade paranaense de Cascavel a Maracaju. Os trilhos da nova malha ferroviária vão entrar em Mato Grosso do Sul pelo município de Mundo Novo e seguirão pelo Estado passando por Eldorado, Iguatemi, Amambai, Caarapó, Dourados e Itaporã, até chegarem a Maracaju.

Em MS, a Ferroeste irá se conectar com a Malha Oeste – que vai de Mairinque (SP) a Corumbá -, que será relicitada no próximo ano. Já no Paraná, o projeto engloba um novo raçado entre Guarapuava e Paranaguá, no litoral do Estado e que tem um porto para exportação. Haverá, ainda, um ramal multimodal ligando Cascavel e Foz do Iguaçu.