Com espera de 3 semanas para transferir veículo no Detran, aumenta procura por despachantes

Processo pode ser resolvido em até 3 dias com prestadores de serviço

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Divulgação
ATPV-e: proprietário precisará ir ao Detran para solicitar o documento de transferência

Com a mudança na emissão da documentação de veículos no começo do ano, o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) passou a agendar o atendimento ao público, gerando demora para o proprietário conseguir fazer a transferência do automóvel, por exemplo. Com isso, os despachantes verificaram aumento na procura em Campo Grande.

É o caso de Sérgio Bento Raimundo, que aumentou o número de serviços realizados com a mudança. “Melhorou por causa do agendamento [no Detran]. Se você compra um carro hoje e preenche o recibo com data de hoje, você tem 30 dias para não pagar multa, mas o agendamento pode ficar para depois”, comentou.

Conforme o Detran-MS, o agendamento para transferência de veículos pode demorar até três semanas em Campo Grande, dependendo da agência selecionada. Na sede – saída para Rochedo, por exemplo, a espera é de 2 semanas. Porém, na unidade do Shopping Pátio Central, há data disponível apenas para o início de junho, daqui 3 semanas.

Para fazer a transferência por um despachante, por exemplo, em até 3 dias a documentação já estará pronta. Isso porque os prestadores de serviços certificados pelo Detran possuem um sistema próprio. “Nós montamos o processo e entregamos pronto ao Detran. Se você for direto lá, você vai entregar a documentação para um servidor montar o processo para você e isso demora mais”, explicou Sérgio.

DUT (ou verdinho) ainda vale para quem já está com o documento em mãos antes de 2021
DUT (ou verdinho) ainda vale para quem já está com o documento em mãos antes de 2021 – Foto: Divulgação

Para José Carlos, conhecido como Zeca despachante, o agendamento no Detran também aumentou a procura pelos seus serviços. “No Detran só com agendamento. Aumentou [o movimento] porque lá demora o atendimento”, explicou.

Mudanças

Desde janeiro deste ano, a emissão do documento não é mais feita de forma física no papel moeda (aquele papel verde), mas sim de maneira eletrônica, assim como a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). 

Para quem comprou o veículo antes de 2021, praticamente nada mudou. Quando o proprietário for vender o veículo, deve preencher o verso do documento de registro e a autorização para transferência de propriedade (conhecido como DUT). Depois, deve reconhecer firma em cartório e ir ao Detran para efetivar a transferência.

Outro benefício ao proprietário de veículo é que não existe mais o verdinho impresso, que é o documento de autorização de transferência. Dessa forma, no momento em que for necessário transferir o automóvel, basta o despachante acessar o sistema, preencher e imprimir. Ainda assim, é necessário fazer o registro em cartório por firma verdadeira (com a presença do proprietário).

Para realizar o processo sem o despachante, o proprietário precisa agendar no Detran-MS para a emissão de uma ATPV-e (Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo Eletrônica). Antes, essa era a parte em branco que vinha no antigo recibo e que agora será preenchida digitalmente pelo próprio Detran, evitando também problemas com rasura. Caso algum erro aconteça em meio ao processo, não haverá mais a cobrança para a retificação, bastando que o cliente procure uma das agências. 

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