Com cooperativa em MS, MST busca financiamento na bolsa de valores
Cooperativa de Ponta Porã é uma das sete que buscam levantar juntas R$ 17,5 para financiamento da produção de produtos orgânicos feita pelas famílias do MST
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O plano de captação de recurso do MST (Movimento dos Sem Terra) na bolsa de valores, anunciado neste mês e que tem objetivo de financiar a venda de produtos orgânicos, conta com uma cooperativa de Mato Grosso do Sul. A Cooperativa Agroindustrial Ceres (Coopaceres) fica em Ponta Porã e foi criada com o objetivo de produzir sementes não transgênicas. Seu principal produto é a soja.
No projeto criado pela cooperativa, espera-se a arrecadação de R$ 1 milhão, que será utilizado na produção de sementes, compra de insumos para correção de solo, pagamento de energia para irrigação, registro de campo e remuneração da terra. Segundo o membro e ex-presidente da cooperativa, Ronaldo Tucci, que esteve à frente do projeto, a iniciativa, se der certo, vai ser uma ótima saída para financiar a produção da agricultura familiar no Estado.
“Vamos aumentar em 50% a capacidade de nossa produção”, diz Ronaldo.
Atualmente, são 39 cooperados. A instituição faz a mediação do que é produzido no campo pelas famílias do MST e venda para terceiros. O aumento da produção e por consequência da venda, portando o lucro, é a aposta dos mentores da iniciativa para atrair investidores.
Junto da Coopaceres estão mais seis cooperativas do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, totalizando 13 mil famílias. Cada uma montou um projeto de expectativa de captação e, juntas, pretendem levantar R$ 17,5 milhões.
Como funciona a captação?
O MSTE pretende captar esses valores por meio de uma emissão de um CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) para financiar a agricultura familiar. O recurso será destinado para ampliar a capacidade de produção das cooperativas que produzem leite, milho, arroz, soja, açúcar mascavo e suco de uva.
Os títulos serão emitidos pela securitizadora Gaia Impacto, com o valor de R$ 100 cada e uma remuneração de 5,5% ao ano. Os investidores podem fazer a reserva dos papéis do dia 26 de julho até 13 de agosto. A emissão estará disponível para todo tipo de investidor, do institucional a pessoa física.
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