Com base em dados do CRTH (Centro de Referência em e Hanseníase), a Prefeitura de afirma que está intensificando as ações de combate às duas doenças, que estão entre  as mais infecciosas e mortais do mundo.

Dados da Sems (Secretaria Municipal de Saúde) indicam que em 2020, Dourados registrou 140 casos e uma taxa de cura de 86%. Quanto a hanseníase foram 24 casos, com 93% de cura. Já em 2021, foram 25 casos de tuberculose e 4 de hanseníase.

Em ambos os casos, o tratamento é feito com antibióticos específicos, com duração entre seis e doze meses, e os medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo SUS.

“O CRTH realiza a ação com o objetivo de alertar a população sobre as complicações causadas por estas doenças e também intensificar as atividades de prevenção e diagnóstico nas UBS (Unidades Básicas de Saúde)”, explicou o secretário interino de saúde, Edvan Marcelo de Moraes.

Segundo o secretário, se alguém tiver qualquer um dos sinais ou sintomas, deve procurar a unidade de saúde e solicitar uma avaliação.  Ele lembra que as unidades de saúde do Santo André, Cachoeirinha e Vila Índio não participarão da campanha, por serem Unidades Sentinelas para Covid-19.

A tuberculose é uma doença infecciosa, se negligenciada causa grande impacto na morbidade, mortalidade e qualidade de vida dos doentes. Seus principais sintomas são: Tosse seca ou produtiva por três semanas ou mais; perda de apetite; emagrecimento e cansaço; febre vespertina; sudorese noturna e dor torácica.

Vacina

A principal maneira de prevenir a tuberculose é com a vacina BCG (Bacillus Calmette-Guérin), disponível gratuitamente no SUS. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até 04 anos, 11 meses e 29 dias de idade e protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.

Ainda como medida preventiva, é necessário avaliar familiares e outros contatos do paciente para que não desenvolvam a forma ativa da tuberculose.

Já a hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria conhecida como bacilo de Hansen, que também é transmitida pelas vias respiratórias (fala, tosse e espirro).

Os principais sinais e sintomas são: Manchas hipocrômicas (diminuição de cor), áreas com diminuição dos pelos e do suor; formigamentos, choques, fisgadas, agulhadas nos braços e pernas, que evoluem para dormência e aparecimentos de caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

A hanseníase tem tratamento e cura, mas a falta de cuidados pode resultar em sequelas graves. As incapacidades físicas provocadas pela doença são as que mais determinam a exclusão social dos pacientes. “Nosso foco é proporcionar um tratamento mais eficaz e interrompendo o quanto antes a cadeia de transmissão destas duas doenças em nosso município”, pontuou o secretário interino de saúde.

Foto: Thiago Silva