O asfalto, sonho do campo-grandense que mora em ruas onde a terra vermelha dá o tom, está prestes a chegar em mais oito bairros da cidade. A poeira está com os dias contados e os moradores aguardam a chegada dos maquinários para ver “a mágica acontecer”.
Logo no começo de 2021, foi anunciado que as ruas de 13 bairros com investimentos que ultrapassariam R$ 100 milhões. De lá para cá, as ruas de diversos bairros começaram a receber melhorias.
A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), 17 bairros já foram asfaltados nos últimos anos. Jardim Aero Rancho, Nova Lima, Anache, Zé Tavares, Oscar Salazar, Iguatemi, Residencial Belinati, Santa Luzia, Parque dos Laranjais, Nossa Senhora das Graças, Vila Lídia, acesso ao São Caetano foram contemplados.
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Além disso, também foram concluídas obras no Jardim Seminário, Santa Luzia, Residencial Anápolis, Jardim Botafogo, Campo Nobre e Jardim Tijuca.
Para aqueles que tanto sonham com a malha ‘pretinha’ na rua e o adeus à poeira, o ‘sonho’ está prestes a se tornar realidade no Rita Vieira, onde mostramos em reportagem especial na última semana, Park Dallas, Oliveira, Tarumã, Centenário, Nova Lima – em novas etapas da obra – Nova Campo Grande e Santa Luzia, com nova etapa.
Para aqueles que só acreditam vendo, podem ficar tranquilos, pois segundo a Sisep, essas são obras de asfalto totalmente licitadas ou com recursos assegurados.
Pode vir, asfalto
Um dos bairros a serem contemplados, o Jardim Centenário já tem algumas ruas asfaltadas, porém, somente naquelas ruas principais ou nas que passam o transporte público.
Para Jaqueline dos Santos, de 31 anos, o asfalto não é apenas uma questão de infraestrutura, como também saúde. “Quando soubemos que o bairro seria contemplado, ficamos muito felizes. Vai ajudar a não ter poeira e isso vai contribuir muito para não agravar problemas respiratórios”, disse a moradora.
Jaqueline mora na região há 10 anos com o marido e já por diversas vezes precisaram desembolsar do próprio dinheiro para fazer melhorias na rua.
“Quando chove, a água sai da rua e fica acumulada na porta de casa, entrando para a varanda. Ajustamos a calçada, deixando um nível acima da rua para ver se melhora. Sem contar que, com a poeira, meu marido já chegou a comprar cascalho para jogar na rua para ver se melhorava. Com o asfalto isso vai mudar”, comentou.
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Sentado em frente de casa em uma tarde agradável, Sidnei Lopes, de 57 anos, diz que só não é agradável conviver com tanta poeira. “Não tem quem aguente, não tem casa que pare limpa nesse bairro. A rua aqui ela fica entre duas ruas principais asfaltadas e os carros passam aqui em alta velocidade e forma aquela nuvem de terra. É muito ruim”, afirmou.
Morando no bairro há muitos anos, ele comenta que quando chove, a dor de cabeça é a lama. “É aquela história, quando não chove, faz poeira e quando chove, é barro. Ou seja, não tem para onde correr. Quando tiver asfalto, vai ser outra coisa, acredito que vai ser de bons olhos para nós”, disse.
Sem perder as esperanças
O Jardim Centenário é o lar de Maria de Lima, de 72 anos, há três décadas. Ela diz que vai gestão, vem gestão, e nunca a obra de asfalto chegou a ser efetivada, de fato.
Ela até brinca que é da turma do ‘só acredita vendo’ quando a rua estiver lisinha e sem poeira. “Vários políticos só prometem. Para ser bem sincera, a gente até perde as esperanças de que vai ter melhorias. Eu só acredito vendo, como dizem né? Quando tiver asfalto nessa rua, galinha vai criar dente”, brincou.
Imóvel valorizado
A aposentada Diail Correa, de 79 anos, se mudou para o Park Dallas há sete anos e comenta que tudo era mato quando começou a construir a sua casa no terreno próprio. A expectativa com o asfalto é o tradicional “adeus à poeira” e valorização do seu imóvel.
“Além de não ter mais esse poeirão, deixando a casa limpa por mais tempo, vai valorizar o imóvel. Estou aqui há sete anos, vim com meu marido para cá e tudo era mato. É um bairro novo e se expandiu bem rápido, é bom ter essas melhorias para a nossa infraestrutura”, afirmou.
