Cesta básica tem alta de R$ 138 em um ano em Campo Grande; veja alimentos que estão mais caros

Tomate e batata tiveram reajustes no mês de setembro

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Alimentos estão mais caros nas prateleiras dos mercados
Alimentos (Foto: Aquivo, Midiamax)

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (06) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revela que o campo-grandense está pagando R$ 138 mais caro pela cesta básica. Os números são referentes ao valor apurado dos itens básicos de alimentação em setembro, que ficaram em R$ 630,83 frente a R$ 492,80 no mesmo período do ano passado.

Para se ter uma ideia do quanto isso impacta no bolso das famílias, o Dieese informou que adquirir a cesta básica consome 62% do salário mínimo. Há um ano, essa fatia era de 51%. Dessa forma, a quantidade de horas trabalhadas que o campo-grandense precisa para comprar a cesta passou de 103h45min no ano passado para 126h10min, ou seja, 23 horas a mais.

Somente neste ano o levantamento aponta alta de 9,43% no preço da cesta básica em Campo Grande. 

O que ficou mais caro?

O levantamento do Dieese aponta que o produto que apresentou maior variação em setembro, ou seja, ficou mais caro, foi o tomate, com alta de 15,40%, com preço médio de R$ 5,17 o quilo.

O café é um dos itens que apresentou maior variação em setembro, conforme o Dieese, com reajuste de 14,79%. A valorização do dólar em relação ao real, os problemas causados pelo clima – geada no final de julho e tempo seco – e maior demanda interna e externa pelo grão são as causas do aumento do custo do grão também no varejo.

O açúcar cristal teve alta de 7,94% em Campo Grande, por conta da falta de oferta de cana-de-açúcar no mercado interno, ocasionada pela falta de chuva.

Também registrou aumento no preço em setembro o óleo de soja, que ficou 3,4% mais caro na Capital. Os fatores que explicam a alta são: o volume
de exportação cresceu, em especial para a China, e, com o problema de escoamento de grãos nos Estados Unidos, a demanda internacional esteve voltada para a soja brasileira. Também houve maior procura do óleo para a produção de biodiesel.

A carne bovina, que apresenta sequências de altas continua com tendência de elevação de preços, subiu 3,19% nos mercados campo-grandenses. O Dieese explica que as condições ruins de pastagem, aliado ao clima seco e alto custo da produção impactaram nos preços.

Outros itens que ficara mais caros foram:

  • batata (10,09%),
  • banana (3,90%)
  • farinha de trigo (2,13%)
  • pãozinho francês (1,48%)
  • arroz agulhinha (1,14%).

Por outro lado, alguns itens que ficaram mais baratos:

  • manteiga (-2,21%),
  • leite de caixinha (-1,04%)
  • feijão carioquinha (-0,67%).