O Instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, divulgou uma pesquisa que revela que que 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou desde o início da pandemia. A média chega a outros países: Itália (54%), Hungria (56%), (56%) e (61%).

O cenário também reflete nos afastamentos dos trabalhadores no mercado de trabalho, com o aumento da concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez elevado por transtornos mentais bateu recorde no ano passado. Pedidos de abertura do INSS por sequelas da Covid-19 sobre em 10%, aponta Providência.

 “As empresas são um retrato da sociedade. Os efeitos da pandemia atingem em cheio o mundo corporativo e as companhias têm pela frente o desafio de cuidar da saúde mental dos seus colaboradores”, explica o psicólogo especializado em Crises e Emergências e especialista em RH, Alexandre Garrett.

Para tentar evitar, alguns RHs estão adaptando programas de qualidade de vida aos funcionários que estão em teletrabalho, até mesmo à distância. As maiores queixas são de ansiedade e depressão,

 “Médicos do trabalho estão fazendo alerta aos seus RHs sobre problemas detectados que variam desde um aumento de peso a ansiedade e altos índices de sedentarismo. Eles ressaltam a necessidade de fazer um mutirão para acalmar os ânimos e desânimos das suas equipes. Não é somente o modelo de trabalho virtual, muitas vezes cansativo e longo, mas a convivência com os familiares em momentos de estresse coletivo pelas notícias das mortes e de pessoas infectadas pela covid. Tudo isso colabora para agravar o problema”.

As queixas mais comuns são de irritabilidade, má qualidade do sono e estresse, pois o desejo geral das pessoas é voltar a ter uma rotina normal como antes. Mas isso só será possível com a vacina, e o processo de vacinação ocorre em um ritmo muito lento. “Até que a população esteja vacinada, teremos que aprender a viver nessas condições e redobrar os cuidados com a nossa saúde física e mental”, finaliza Garrett.