Apaixonado pela profissão e também pelas causas indígenas, o enfermeiro Cassiano Ribeiro Alvarenga, não resistiu ao coronavírus e morreu na véspera da chegada da em , na segunda-feira (18), depois de ter ficado 15 dias internados. Ele tinha 55 anos e boa parte deles foram vivenciados no cuidado dos próprios irmãos da Reserva Indígena Federal.

Cassiano era um profissional dedicado, segundo relatos de colegas e familiares. Ele trabalhava na Atenção Primária à Saúde do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) da (Secretaria Especial de Saúde Indígena), no polo-base Dourados. Ao todo foram 29 anos dedicados à enfermagem.

Além de atuar profissionalmente nas aldeias indígenas de Dourados, quando trabalhou como técnico de enfermagem no Hospital da Missão Evangélica Caiuá, o enfermeiro natural de Amambai e de etnia Caiua, também era membro da Igreja Presbiteriana de Dourados.

Para a esposa, Máxima Vera, 35 anos, com quem estava casado há 31 anos, Cassiano deixou um legado de bons exemplos, que devem ser lembrados tanto enquanto profissional, como também enquanto pai de família e presbítero da Igreja que participava.

“Ele amava o que fazia e tinha consciência de ter escolhido uma profissão de risco. Nos últimos dias, ante de ser infectado pelo coronavírus, falava com muita esperança sobre a chegada da vacina e sobre a sua importância para toda a população e em especial para as comunidades indígenas e para os fissionais que atuavam na linha de frente do combate à doença”, relata Máxima ao Midiamax.

“Cassiano, presbítero da Igreja do Senhor! Servo, pai que muito amava suas filhas. Marido presente, líder! Infelizmente, nesta caminhada, tenho visto muitos que são indignos de sustentar o ofício de “presbítero”. Muitos que possuem o título, mas não a honra, a dignidade e o bom exemplo”, disse Fábio Ribas, um amigo da família em publicação postada nas redes sociais.