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Cotidiano

Cartórios de MS passam a receber denúncias contra violência doméstica

Campanha Sinal Vermelho conta com os 174 cartórios no Estado para prestar auxílio discreto e sigiloso às mulheres em situação de vulnerabilidade
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Cartórios de MS passam a receber denúncia de violência contra a mulher a partir desta segunda (25)
Cartórios de MS passam a receber denúncia de violência contra a mulher a partir desta segunda (25)

A partir desta segunda-feira (25), os 174 cartórios de são pontos de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica. Todas as unidades do Estado passam a integrar a campanha Sinal Vermelho, que tem como objetivo incentivar e facilitar denúncias de qualquer tipo de abuso dentro do ambiente doméstico e que, por meio de um símbolo “X” desenhado na palma da mão, poderão, de maneira discreta, sinalizar ao colaborador a situação de vulnerabilidade, que então acionará a polícia.

A ação é nacional, permanente, iniciativa da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A Anoreg/MS (Associação dos Notários e Registradores do do Estado de Mato Grosso do Sul), entidade que representa todos os Cartórios do Estado, aderiu ao projeto. 

A medida foi transformada em lei (Lei Federal nº 14.188, de 28 de julho de 2021) como uma das medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher previstas na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).

“Os Cartórios estão presentes em toda a vida do cidadão por suas diversas funcionalidades. Então, fazer deles uma ferramenta de denúncia segurança para a população, especificamente as mulheres, é uma missão a qual não devemos nos furtar”, comenta José Baltazar, presidente da Anoreg/MS.

Segundo números divulgados pela AMB, mais de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual entre agosto de 2020 e julho de 2021, número que representa 24,4% da população feminina com mais de 16 anos que reside no Brasil. Já as chamadas para o número 180, serviço que registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, tiveram aumento de 34% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço do governo federal.

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