Campanha contra esmola levará atendimento e oportunidade de emprego em Campo Grande
Equipes da prefeitura vão encaminhar pedintes a centro de referência
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Campo Grande deu início, nesta quinta-feira (23), à campanha “Não dê esmola, dê dignidade”, que tem como objetivo prestar assistência a pedintes e moradores de rua do município. A ação orienta as pessoas a acionarem o serviço de assistência social em vez de dar dinheiro.
Conforme o secretário de assistência social de Campo Grande, José Mário Antunes, quem se deparar com um pedinte na rua, deve ligar para os seguintes números: (67) 98404-7529 e (67) 98471-8147. Dessa forma, as equipes da secretaria irão até o local para fazer o atendimento ao morador de rua — imigrantes como os venezuelanos também serão contemplados pela campanha.
A vice-prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, comentou que mais de 30 pessoas passam diariamente pelo município. “A maioria está de passagem, mas pede dinheiro em semáforos para continuar o caminho. Antes eram 4 equipes da SAS [Secretaria de Assistência Social] e hoje são 12, todas com pessoas bastante capacitadas para esses atendimentos”, destacou.
Como vai funcionar?
A campanha prega que a esmola mantém a pessoa na rua, sustenta vícios, não resgata a cidadania e estimula a mendicância. Ao acionar a equipe da prefeitura pelos números citados acima, o serviço faz a abordagem e encaminha esses moradores, se eles aceitarem, ao Centro POP (especializado no atendimento a moradores de rua), localizado na Rua Joel Dibo, nº 255, no Centro.
Titular da SAS, José Mario Antunes, explica detalhes da campanha – Foto: Marcos Ermínio / Midiamax
Dessa forma, as equipes podem fazer os atendimentos necessários como, por exemplo, providenciar documentação, oferecer higienização e alimentação. Após isso, há dois tipos de encaminhamento:
- para comunidades terapêuticas, caso precisem passar por tratamento contra vícios
- para vagas de emprego na Funsat (Fundação Social do Trabalho)
Somente nesta quinta-feira, por exemplo, são 2.096 vagas ofertadas para a população, sendo que 450 não exigem experiência. “Muita gente que está na rua até tem experiência, mas, mesmo que não tenha, [além de poder entrar em uma vaga que não exige experiência] vão ser oferecidos cursos de qualificação”, explicou o diretor-presidente da Funsat, Luciano Silva Martins.
A diretora-adjunta da Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos, Bárbara Rodrigues, explicou que Campo Grande tem capacidade para atender a demanda de pessoas em situação de vícios. Em 2018, foi lançado programa de ação integrada e continuada. Havia 110 vagas em 7 instituições parceiras, esse ano o número foi ampliado para 300 vagas em 11 comunidades.
“A demanda é muito grande, 1.400 pessoas são atendidas. Adotamos políticas de profissionalização, são 500 pessoas fazendo cursos e a Semed [Secretaria Municipal de Educação] forneceu EJA para concluírem os estudos, se for o caso”, detalhou.
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