Após revisão dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) feito pelo Ministério do Trabalho e Previdência, a Funtrab (Fundação Estadual do Trabalho) informou que em MS não houve alteração negativa dos dados, como em vários estados da União. Segundo o coordenador de Estatísticas e Pesquisas da Funtrab, Evandro Nassar, a revisão de informações sobre os números de contratações e demissões é normal, já que o fluxo de informações pode variar.

Em Mato Grosso do Sul, o nível de empregabilidade praticamente triplicou. Enquanto em 2020 o saldo foi de 12.456 novas vagas entre os meses de janeiro a dezembro, neste ano, até setembro, foram gerados 36.784 novos empregos. Foram 3.697 em janeiro, 7.044 em fevereiro, 5.042 em março, 4.151 em abril, 4.108 em maio, 3.503 em junho, 3.656 em julho, 2.807 em agosto e 2.776 em setembro. No acumulado do ano, o Estado contabiliza a abertura de 36.784 vagas de trabalho em nove meses.

Acontece que em 2020, em razão da pandemia, muitos dados não foram informados a tempo e, por isso, foram sistematizados em períodos diferentes, provocando uma subnotificação involuntária no processo de depuração estatística.

Ainda segundo a Funtrab, em razão do volume de obras de infraestrutura e investimentos privados no setor da agroindústria, a geração de empregos não se dá apenas no segmento econômico, mas em todos os elos da cadeia, daí as estatísticas demonstrando crescimento em todos os setores da economia em um universo maior de ocupações.

Revisão

Em nota divulgada ontem, o Ministério do Trabalho informou uma diferença de quase 50% no número de vagas criadas em 2020, indicando que houve um atraso significativo na notificação de demissões, fato que pode estar relacionado, em parte, à pandemia.

Empresas que demitiram deixaram para comunicar o fato depois, na medida em que o cenário foi se firmando. De qualquer forma, revisões em dados do Caged são corriqueiras, mas a magnitude da discrepância em 2020 confirma que um número maior de empresas atrasou a notificação de demissões, principalmente aquelas que faliram na crise.