Com 66% da população completamente imunizada, os casos graves e mortes por coronavírus caíram muito nos últimos meses em . Uma prova da eficácia da vacina é que 92% das cidades do Estado não registraram mortes nestes primeiros dias de novembro. Para ter ideia, foram somente quatro mortes registradas até então, enquanto um mês atrás a média móvel era de 3,7 óbitos diários. 

De 79 municípios em Mato Grosso do Sul, somente três registraram óbitos: Bonito, Campo Grande e Dourados. Entre as vítimas, há um bebê, um adulto e dois idosos, totalizando quatro óbitos em novembro. 

Os primeiros boletins epidemiológicos da SES (Secretaria de Estado de Saúde) de novembro foram divulgados nos dias 1º e 3 sem novos óbitos. O documento com os dados sobre o coronavírus sem nenhuma atualização de óbitos foi comemorada pelo secretário , que participa das lives. A conquista era impensável cinco meses atrás, quando Mato Grosso do Sul vivia o pico da pandemia e não tinha mais espaço para internação dos pacientes. 

Já nos boletins seguintes, houve registro de mortes. Na última sexta-feira (5), foram registradas mortes por covid em Dourados. As vítimas eram homens idosos, um deles tinha 89 anos e apresentava comorbidades, como diabetes, doença cardiovascular crônica e obesidade. A outra vítima era um idoso de 80 anos, que também tinha doença cardiovascular como comorbidade. 

No boletim de segunda-feira (8), houve mais uma vítima do coronavírus no Estado. A vítima era um morador de Bonito, de 56 anos. Conforme informações do documento, ele não tinha comorbidades relatadas. 

Por fim, o último boletim epidemiológico, de quarta-feira (10), trouxe o registro da morte de um bebê infectado pela doença. O caso ocorreu em Campo Grande, em um bebê de um ano de idade. Conforme o boletim, a menina tinha imunodeficiência.

O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, citou negligência para apontar a causa da morte da menina. “Foi negligenciada. Em um lar totalmente desestruturado, essa criança veio a óbito. Além de outras patologias, imunodepressão, ela também foi acometida de covid e veio a óbito. É triste, apenas um ano e poucos meses de idade”, comentou na live.

Vacina salva vidas

A vacinação já provou que pode reduzir a quantidade de mortes drasticamente em Mato Grosso do Sul. Na região da fronteira do Estado, por exemplo, a vacina demonstrou uma eficácia de 90% contra os óbitos causados pela doença. 

E, mesmo que uma pessoa vacinada possa ser infectada, a contaminação é bem menos comum do que entre os vacinados. O secretário Geraldo Resende confirmou que os casos que estão ocorrendo em Mato Grosso do Sul são de pacientes que não se vacinaram. “Temos [casos e mortes] em grupamentos que não tomaram vacina ou tiveram retardo no processo vacinal”, informou. Um exemplo é o surto de covid nas aldeias indígenas, já que os adolescentes foram vacinados tardiamente.