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Cotidiano

Após incêndio criminoso no Rita Vieira, família ganha força-tarefa para reerguer casa

Mesmo com o avanço da obra, materiais de construções e doações à família ainda são necessários
Arquivo -

Passar por tragédias podem deixar marcas irreparáveis. Para quem viu a casa ser incendiada pelo próprio cunhado, a lembrança sempre será amarga e difícil de entender. Este é o sentimento que aflige uma família do bairro em , que perdeu praticamente tudo após incêndio criminoso ocorrido no final de maio.

Porém, com uma família imersa em desesperança, foi a solidariedade dos vizinhos que fez a família voltar a sorrir. Foram os vizinhos que tomaram a dianteira e arrecadaram fundos para que os moradores tivessem a casa reerguida e a dignidade restaurada, numa força-tarefa que reuniu gente dos quatro cantos da cidade, mas, principalmente, do bairro Rita Vieira.

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Residência tomada pelas chamas após incêndio criminoso em maio | Foto: Arquivo

A obra de reconstrução segue o mais rápido possível, executada a várias mãos, com os itens doados pela vizinhança. Enquanto aguarda a casa ser reerguida, Renata Padilha, de 34 anos, segue na expectativa de um recomeço, nas mesma casa incendiada, a qual divide com a sogra, marido e as filhas de 15, 17 e de 14 anos – esta, prestes a dar à luz uma nova vida. “Estamos amontoados, uns dormem no chão da sala e duas meninas na varanda” disse ela.

Até agora, Renata ainda não entende o motivo do cunhado ter incendiado a antiga casa de tábua que ficava na Rua Rotterdan. Antes das chamas, a casa da sogra, de apenas três cômodos, tornou-se um local apertado e cenário da experiência traumática.

“Minha sogra, de 77 anos, era sã. Ele começou a passar mal e ficar na fralda depois do incêndio. Teve duas paradas cardíacas desde o acontecido. Agora só fica no quarto e precisas até dar banho nela”, disse Renata.

Frio castigou

O incêndio criminoso fez com que o medo fosse mais um morador da residência. Sem notícias do suspeito de iniciar as chamas, a família teme uma nova investida do cunhado. “Fica um sentimento de não poder confiar. Ele tentou matar a família dele. Desde esse dia, não dormirmos direito”, explicou.

E, nessa altura chegaram as baixas temperaturas do outono. Como a família perdeu tudo, só o apoio dos vizinhos foi capaz de esquentar a família, que ainda segue em necessidade. Mas aí vem a boa notícia. Aos poucos, a nova casa vai sendo erguida, tijolo a tijolo, selados pelo cimento e pela solidariedade do bairro. “Estamos pegando no sábado e domingo. Se não faltar material, acho que no máximo 15 dias para terminar”, disse.

Apoio da comunidade

O contador Milton Flores, de 56 anos, é um dos volutuários nessa coalização para o bem que tem como cenário a Rua Rotterdan, no bairro Rita Viera. Comovido pela situação, ele foi um dos moradores da região que, após perceber a necessidade de ajuda, resolveu se organizar para prover mais conforto à família. “Estavam sem recursos para recomeçar, surgiu a ideia de arrecadar doações”, disse ele.

Nos grupos de WhatsApp do bairro, surgiram as campanhas, que gradualmente se afinaram numa só, mais robusta. E enquanto moradores deixavam doações no endereço incendiado, Milton e companhia preparavam uma grande intervenção para devolver a dignidade de Renata e família.

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Uma das filhas tem 14 anos e precisa de itens para compor o enxoval | Foto: Leonardo de França | Midiamax

“A Flávia [moradora] criou uma vaquinha virtual e conseguimos compra uma parte dos materiais. Houve grande envolvimento da comunidade. Agora, precisamos terminar [a obra], porque as condições em que eles estão vivendo são bem precárias, principalmente agora, no inverno”, considerou.

Para a obra ser finalizada, a força-tarefa ainda conta com doações. Os materiais necessários são: 1000 tijolos, 12 tábuas, 8 colunas de ferro 6×12, 4 janelas venezianas, 2 ralos de banheiro, 3 canos de 40 mm, 6 cotovelos de 40 mm, 3 conexões em T e 10 sacos de cimento e 8 telhas de fibrocimento de 3,5 m. Para dento do lar é preciso: geladeira, máquina de lavar, televisão e guarda-roupa, além de panelas.

A jovem adolescente de 14 anos, que está grávida, tem previsão de dar à luz daqui a um mês, no dia 14 de julho. Para completar o enxoval, é indispensável: fraldas, xampu, sabonete, talco e itens de higiene pessoal. Vale lembrar, também, que desde o incêndio criminoso, a sogra de Renata passou a utilizar fraldas para adultos, cujas doações são bem-vindas.

Quem tiver interesse em contribuir com doações, pode entras em contato com a família pelos números: (67) 99656-2952 ou (67) 98131-0917. Ou acessar a vaquinha virtual: https://campanhadobem.com.br/campanhas/reconstrucao-casa-incendiada-cg

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